Laudo confirma que menino de um ano estava alcoolizado - Ribeirão Preto - São Paulo

 Um exame médico do IML (Instituto Médico Legal), de Ribeirão Preto, confirmou na última terça-feira (19) que o menino, de um ano e 11 meses, havia ingerido álcool quando foi internado na tarde de 26 de setembro em coma alcoólico, em Sertãozinho (a 333 km de São Paulo). A criança já saiu do hospital e está vivendo com os avós maternos. Os pais estão presos e podem pegar até quatro anos de prisão.

O avô da criança, Milton Pedroso, ficou sabendo do resultado do laudo por meio do advogado da família e diz acreditar que os pais não seriam capazes de oferecer pinga ao neto.

- Eles não deu [sic] a pinga porque eles tem muito [sic] capacidade pra cuidar da criança bem direitinho.

De acordo com o laudo do Centro de Análise e Pesquisa, do IML de Ribeirão Preto, o bebê tinha 2,01 mg/l de álcool no sangue quando foi internado. Para se ter uma ideia do grau de alcoolismo da criança, em comparação com a Lei Seca em vigor, um motorista é considerado criminoso se for flagrado com 0,6 mg/l de dosagem de álcool no sangue.

Foram os vizinhos que socorreram a criança, que estava na rua. Os pais alegaram que o menino tinha sido atropelado, o que não foi constatado em exames médicos. A mãe, de 25 anos, e o pai, de 30 anos, continuam presos. Eles não pagaram a fiança de R$ 310 cada.

A defesa do casal entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado. Outra solicitação deve ser analisada pela Justiça.

O casal foi autuado por entregar substância que causa dependência física ou psíquica à criança ou adolescente, que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevê pena de dois a quatro anos de prisão. O menino e seus quatro irmãos estão sob guarda temporária de uma das avós.

Apesar de acreditar na inocência do casal, Pedroso afirmou que já entrou com pedido de guarda definitiva dos netos.