
Após nota de Francisco Emanuel, Gracinha chama prefeito de Parnaíba de 'Novo Judas'
24/03/2025 - 17:28A parceria teria sido rompida, porque o prefeito não suportou a interferência da deputada na nova gestão do município.
Maria dos Aflitos, matriarca da família que morreu após consumir arroz envenenado durante um almoço no dia 1º de janeiro, no Conjunto Dom Rufino, em Parnaíba, litoral do Piauí, foi presa na manhã desta sexta-feira (31) em cumprimento a um mandado de prisão.
A reportagem apurou que, além da prisão dela, outras cinco pessoas também foram levadas à Delegacia Regional de Parnaíba para prestar esclarecimentos. Maria dos Aflitos é casada com Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, que era padrasto e "vodrasto" da maioria das vítimas e já está preso.
A ação ocorreu no bairro São Vicente de Paula, um endereço diferente daquele onde ocorreram os envenenamentos. No local, as autoridades realizaram buscas.
Em nota, a Polícia Civil informou que todas as informações serão divulgadas somente após a conclusão do inquérito.
"A Polícia Civil do Piauí informa que todas as informações sobre o caso da família envenenada em Parnaíba serão divulgadas somente após a conclusão do inquérito. O sigilo das investigações é fundamental para garantir a precisão e a efetividade do trabalho policial", informou.
Prisão do padrasto
A Polícia Civil do Piauí relatou que Francisco de Assis Pereira da Costa foi preso no dia 8 de janeiro, suspeito de ter colocado veneno no arroz que matou cinco pessoas da mesma família.
Em depoimento, o suspeito afirmou que consumiu apenas os peixes, que não haviam sido envenenados. Sua esposa, Maria dos Aflitos, também não foi envenenada.
A perícia confirmou a presença do composto químico terbufós, uma substância tóxica amplamente utilizada em pesticidas, no arroz com feijão consumido pelas vítimas. A investigação apontou que o veneno foi adicionado ao alimento pouco antes da refeição.
Elo familiar
Fotos: Reprodução
Maria dos Aflitos é mãe de Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos. Francisca Maria morreu após seis dias internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), enquanto Manoel Leandro faleceu horas depois de consumir o alimento envenenado.
Os filhos de Francisca Maria – Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, e Maria Gabriele Fontenele, de 4 anos – também não resistiram e morreram.
As crianças eram irmãs de Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, que morreram em agosto do ano passado após ingerirem o mesmo pesticida.
Envenenamento de família pode ter envolvimento de mais um suspeito
O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, indicou que o envenenamento coletivo no Piauí pode ter mais de um suspeito. À TV Cidade Verde, ele disse que, até mesmo o próprio modo de agir, aponta que houve a tentativa de camuflar a autoria.
Uma vizinha, investigada pelo envenenamento dos irmãos, chegou a ser presa, mas foi solta este ano, após uma prova técnica comprovar que os cajus doados por ela não continham veneno.
Com a reviravolta no caso, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí decidiu se manifestar sobre a investigação apenas após sua conclusão.
Segundo Chico Lucas, o depoimento de Francisco de Assis sobre o envenenamento dos irmãos induziu a polícia ao erro, o que resultou na prisão equivocada da vizinha.
Fonte: Cidade Verde