
Em entrevista, Emanuel Vital fala sobre o Dia da Consciência Negra e o legado de ‘’Negras e Negros do Rosário’’
19/11/2024 - 19:48Emanuel Vital é professor, jornalista, ambientalista e negro do Rosário.
O Suicídio é uma das maiores causas de mortes no mundo, é mais comum do que se imagina, e geralmente nunca imaginamos que possa chegar à nossa casa.
Durante muito tempo, ouvimos falar que Oeiras era a cidade que registrava maior número de casos de mortes por suicídio. Dados comprovados ou não, o que sabemos é de casos frequentes, inúmeras tentativas e muita dor entre os familiares e amigos dos que praticam esse ato.
O assunto que já foi um tabu muito maior, ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação. Acreditamos ser necessário falar com responsabilidade, como forma de esclarecer mitos, inverdades e buscar a conscientização.
O nono mês do ano, é o mês mundial de prevenção do suicídio e é dedicado à campanha Setembro Amarelo. Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
?São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
?Em Oeiras são muitas as famílias enlutadas em consequência do suicídio. Uma dessas famílias é a de Maria José de Sousa, mais conhecidas como Mazé do Correntinho, que perdeu sua filha Maria Teresa, aos 19 anos, em 10 de fevereiro de 2016.
Falar sobre a perda de algum familiar, em especial um filho não é fácil, e foi com certo receio, que a procuramos para que falasse conosco sobre o tema. Ao ser abordada, Mazé do Correntinho, que pouco tempo antes da morte da sua filha perdeu um grande amigo da mesma forma, disse que é preciso falar sobre este tema difícil, e que sobretudo os pais, precisam estar casa vez mais próximo aos filhos e conversar mais. “Hoje consigo falar abertamente sobre esta tragédia que se abateu sobre minha família e que tirou minha felicidade. Não sou mais uma pessoa feliz. Quando rio e dou gargalhadas, estou simplesmente fingindo uma felicidade que não tenho e não terei jamais. Perdi não somente minha filha, mas minha melhor amiga”, disse Mazé do Correntinho.
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