Médicos do piauí iniciam paralisação de 72 horas

Os médicos de todo o Piauí vão parar suas atividades a partir de hoje e só retornam na sexta-feira, 11. Eles entram em greve, reivindicando reajuste salarial da categoria, que hoje tem piso de R$ 1 mil. Esta é a segunda paralisação de advertência este mês. A primeira foi de 24 horas, no dia 2. Milhares de pessoas tiveram que voltar para suas casas, sem atendimento médico.


Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí - Simepi, Leonardo Eulálio, na próxima sexta-feira, quando acaba o movimento, os profissionais fazem uma reunião onde avaliam a greve e votam a possibilidade de paralisação por tempo indeterminado. O presidente diz ainda ainda que vão parar tudo. Vão funcionar apenas as emergências dos hospitais com 30% do quadro de médicos.


A greve também vai atingir as maiores cidades do interior do Piauí. Os médicos cobram um piso salarial de R$ 3.500. O sindicato diz que este valor não é exorbitante. O salário atual não corresponde a responsabilidade que tem e a qualidade dos serviços que oferecem.

A categoria decidiu também não suspender a paralisação que estava prevista para o Natal e Ano Novo em respeito a população. O reajuste salarial seria escalonado em 30% a cada seis meses, até atingir o piso cobrado. Eles cobram aumentam tanto por parte do Estado como da prefeitura de Teresina.

TRATAMENTO - Nenhum paciente do Maranhão ou de qualquer outro lugar que esteja se tratando em Teresina, pago pelo Sistema único de Saúde com os recursos destinados à capital piauiense teve ou terá o seu tratamento suspenso por causa regulação e da reorganização que a Prefeitura vem adotando na rede municipal de saúde. A garantia foi dada pelo presidente da Fundação Municipal de Saúde, Firmino Filho.

Ao comentar matéria publicada na imprensa onde a deputada maranhense Cleide Coutinho, em discurso na tribuna da Assembléia Legislativa daquele Estado teria criticado a adoção das medidas reguladoras pelo município de Teresina, Firmino Filho reiterou que a medida é indispensável para que a saúde na capital piauiense tenha um fluxo regulatório normal, atendendo, inclusive às determinações do Ministério da Saúde.