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Mesmo com decisão de manter a greve, professores de Oeiras começam a voltar às atividades
Por: Da Redação em 28/02/2011 - 23:23
Mesmo com a decisão da categoria em manter a greve iniciada há 15 dias, boa parte dos professores de Oeiras retornaram as atividades nesta segunda-feira.
“Algumas escolas da cidade funcionaram nesta segunda-feira, com a volta de alguns professores que haviam aderido ao movimento. E essa volta, de certa forma enfraquece nosso movimento”, disse a professora Paulina, presidente da regional do SINTE em Oeiras.
Em assembleia nesta segunda-feira, os professores decidiram manter o movimento. Foi a primeira discussão da categoria após encontro com o secretário de Educação, Átila Lira, na última sexta-feira, quando ele anunciou que vai pagar o novo piso nacional aprovado pelo Ministério da Educação. Após a reunião, os professores seguiram em uma passeata até o Palácio de Karnak para cobrar outros pontos de pauta do governo do Estado.
“O governador disse que vai pagar o Piso, no entanto não afirmou quando isso vai acontecer, se é este ano, ou no próximo. A categoria quer um documento assinado por ele, em que determine a data em que o começará a pagar o Piso”, acrescentou a professora Paulina.
Na próxima quarta-feira os professores vão participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir a situação da educação no Piauí. A audiência pública foi solicitada pelo deputado estadual Evaldo Gomes (PTC). Após a audiência pública será realizada nova assembleia da categoria para decidir pela continuidade ou não da greve.
A greve dos professores causou irritação ao governador Wilson Martins. Em entrevista na semana passada à imprensa, Wilson anunciou que só conversaria com os professores após o fim da greve e chegou a pedir a ilegalidade do movimento. A Justiça manteve a legalidade da paralisação, mas determinou o retorno da categoria à sala de aula.
O secretário estadual de Educação, Átila Lira comentou que o Piauí é um dos estados que precisará da ajuda do Governo Federal para cumprir o Piso Nacional dos Professores que vai gerar na folha de pagamento um impacto de R$ 10 milhões por mês. "O reajuste salarial será cumprido. Essa foi uma determinação do próprio governador e minha pessoal", disse.