
Obra de praça e campo de futebol é iniciada no povoado Buriti do Canto, em Oeiras
20/05/2025 - 16:57Obra com recursos de emenda parlamentar transforma centro do povoado e substitui campo improvisado por estrutura com arquibancada.
Atraídos pelos restos de comida e detritos orgânicos, moscas, ratos e urubus se proliferam aos montes no lixão de Oeiras. Um desrespeito às normas ambientais e sanitárias que pode resultar em sérios danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas, uma vez que os resíduos sólidos são depositados a céu aberto.
O lixão fica a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade, às margens da rodovia PI 236 e não possui licença ambiental prévia, de instalação e de operação, exigidas pela Lei Federal, nº 6.938/81. Todo o lixo produzido em Oeiras é despejado no local, que não recebeu qualquer tratamento sanitário.
Demonstrando constrangimento e agressividade, a maioria dos catadores no local não quis dar entrevista à nossa reportagem. Muitos usavam camisetas tapando o rosto para que não fossem reconhecidos. Nenhum deles usava luvas, nem esboçava preocupação com higiene ao manusear o lixo.
Valdemir Luís dos Santos, de 27 anos, frequenta o lixão de Oeiras há quase um ano. Ela cata papelão, garrafas pet, vidro, alumínio, ferro velho e outros materiais que possam ser reaproveitados na reciclagem. “Por enquanto o lixão é o modo de ganhar a vida. É daqui que tiro meu sustento”, desabafa o catador.
Todo material coletado pelo catador é levado a um depósito bem rudimentar localizado no povoado Fomento, zona rural de Oeiras. Lá, tudo é prensado e depois vendido para empresas ou cooperativas de reciclagem das cidades de Picos e Teresina e até mesmo para outros estados como Pernambuco e Ceará.
Para o ambientalista e graduando em Gestão Ambiental, Dionísio Neto, a falta de políticas públicas locais interfere diretamente na maneira como o lixo é encarado pela sociedade. Ele também alerta para a quantidade de doenças causadas pelo acúmulo inadequado de resíduos sólidos entre elas a dengue.
“Diversos produtos químicos contido nestes resíduos sólidos podem contaminar o solo e a água, dente eles o mercúrio e chumbo (metais pesados). Vale lembrar que uma série de doenças causadas pelo acúmulo inadequado de resíduos serve de alimentos e abrigo para ratos, baratas, moscas e outros que causam doenças, e vale destacar a dengue, que já teve mais de 155 mil casos em 2011”, pontua o ambientalista.
Por Jadson Osório