
Governo autoriza construção de passagem molhada no povoado Alagoinhas, em Oeiras
12/06/2025 - 15:50O projeto, com investimento de R$ 812.136,85, visa melhorar a mobilidade de moradores da região, especialmente durante o período de chuvas
A crescente onda de assaltos a estabelecimentos no interior do Piauí tem pelo menos uma coisa em comum: a ajuda de pessoas da própria cidade. De acordo com a Comissão Investigativa do Crime Organizado (CICO), os assaltos a bancos, loterias, correios e comércios nas cidades do interior sempre contam com um informante local que auxilia nas ações criminosas.
Em um caso bem recente, a polícia de Oeiras prendeu na última quinta, Valter José Barbosa, que fingia ser vendedor de filtros e é acusado de auxiliar em pelo menos três crimes na cidade este ano.
Valter possuía trânsito livre em várias casas de Oeiras, onde em algumas chegou a observar a rotina das famílias para facilitar a ação criminosa.
O acusado fez em Oeiras o que a polícia chama de apoio logístico. Nesses casos, o informante procura a hospedagem, para ninguém ficar em hotel, traça rotas de fuga, e os auxiliam, o que segundo a polícia oeirense Valter Barbosa fez, quando ajudou na fuga dos ladrões que assaltaram a Distribuidora Moura no mês de julho.
“Não vá pensar que um bando de Teresina ou de qualquer outro estado vá chegar numa cidade sem ter alguém que dê apoio. Em todos os casos de crimes no interior isso acontece”, afirma o presidente da Cico, delegado Bonfim Filho. Segundo ele, estas pessoas, que geralmente se disfarçam de vendedores ambulantes, fazem um levantamento logístico completo sobre vitimas em potencial, funcionamento de agências bancárias e até mesmo locais de fuga.