Museu de Arte Sacra continua fechado e Ministério Público pode abrir processo

Fechado desde a sua reinauguração que ocorreu em 24 de Janeiro desse ano, o Museu de Arte Sacra de Oeiras, que no final de 2010, teve suas atividades suspensas para reforma, continua sem condições ideais para ser reaberto ao público. Devido essa situação, o espaço foi motivo de audiência no Ministério Público do Piauí, em Teresina, nesta sexta-feira (16). Um novo encontro foi marcado para que providências sejam apresentadas. Do contrário, o caso pode virar ação judicial.

De acordo com o promotor de Justiça de Oeiras, Carlos Rubem Campos Reis, o local só conta com um vigia - outros três se apresentaram. Além disso, só há uma recepcionista e não existe zelador. Também, faltam condições de segurança ao patrimônio do museu, que abriga peças seculares e de valor inestimável, entre acervo da Diocese de Oeiras e doações de colecionadores.



Carlos Rubem afirma que é cobrado pela sociedade pela atuação ministerial a respeito da situação do museu, acrescentando que o museu não pode ser meramente reaberto, mas precisa de condições de segurança e até mesmo um cronograma de atividades e a divulgação das mesmas, sendo uma instituição viva, não apenas um lugar para visitantes.



A reunião em Teresina contou com a presença de Bid Lima, presidente da Fundação Cultural do Piauí – Fundac, representantes da Igreja Católica, já que o Sobrado João Nepomuceno, que abriga o museu e é de propriedade da Diocese de Oeiras, e que deseja repactuar um acordo firmado em 1983, no qual o Governo do Estado assume compromissos na administração e segurança do local.



Carlos Rubem afirma que se na próxima reunião a resposta for negativa, o Ministério Público vai tomar as medidas cabíveis, que inicialmente pode ser elaborado um Termo de Ajuste de Conduta. Caso nenhuma solução seja aplicada, o promotor pode ajuizar ação civil pública.