Homem de 38 anos morre ao colidir moto em poste em Oeiras
02/11/2024 - 17:35O impacto foi tão violento que ele faleceu instantaneamente, sem chegar a cair da motocicleta.
Da Redação Mural da Vila/Lameck Valentim
O mundo inteiro tem vivido momentos de tensão por conta do novo coronavírus, que tem provocado mortes e causado dores em todo o mundo.
Em Oeiras alguns casos suspeitos já foram registrados, mas todos com resultados negativos. Atualmente há um caso em análise.
Buscando saber como oeirenses que moram em outros países estão enfrentando essa crise do coronavírus, o Mural da Vila entrou em contato com alguns conterrâneos que moram nos Estados Unidos, Espanha, Argentina, Bélgica e Portugal, que falaram como o coronavírus impactou sus vidas e como têm enfrentado esse momento de isolamento social longe da família.
Carlê Valentim –- Estados Unidos
Carlê Valentim, de conhecida família oeirense, mora nos Estados Unidos, país que registra um recorde de mortes por conta da Covid 19.
Casada, mãe de três filhos e avó de dois netos, ela mora com o marido na cidade de Harvard- Illinois. A oeirense conta que desde que a pandemia atingiu os Estamos Unidos que a família está confinada em casa, sem poder sair pra nada. Com a nova realidade, tem procurado ocupar seu tempo com atividades na internet. "Estamos bem. Tenho ocupado nosso tempo para estudar, vejo muitos filmes, assisto cultos e palestras online. Aqui na cidade que moramos, está liberado para ir aos parques, desde que mantenhamos distância das pessoas", conta Carlê.
A oeirense, assim como todos, tem adotado os cuidados fundamentais com relação a evitar o contágio. "Saímos apenas uma vez no início para repor algumas coisas que precisávamos, fomos ao supermercado, usando máscaras, luvas e mantivemos distância das outras pessoas. Nas compras que fizemos, os produtos perecíveis higienizamos logo que chegamos em casa, os produtos não perecíveis ficaram em um lugar especifico na garagem por 4 dias, criamos uma prateleira no local, onde também deixamos sapatos, bolsas e casacos. Usamos álcool gel e lavamos sempre as mãos a todo momento, mesmo estando dentro de casa", relata, acrescentando que a população tem respeitado a orientação para o isolamento social e que as ruas têm ficado completamente vazias, até mesmo nos grandes centros.
Na região em que Carlê Valentim mora, uma cidade de apenas 9.400 habitantes, próximo a Chicago, ainda não tem nenhum caso confirmado, mas no Condado (conjunto de cidades) próximo a Harvard, já tem 206 casos e 5 mortes. A cidade de Chicago, neste dia11 Abril, já tinha 7.239 casos confirmados e 218 óbitos.
Mesmo com o grande número de casos, nos EUA, Carlê conta eu não pretende retornar para o Brasil. "O que está assustando a gente não é o numero de casos em si, mas o número de casos que necessitam cuidados médicos ao mesmo tempo, e a facilidade de transmissão. Não pensamos em voltar por esse motivo, mas sim a passeio quando liberarem, pra viajar", finaliza a oeirense.
Angella Lemos - Portugal
Angella Lemos é uma empresária da área de beleza e estética que vive há alguns anos na Europa e hoje mora em Lisboa. Além de comandar duas empresas, a oeirense que também é artista teve a sua rotina completamente alterada por conta do coronavírus. Ela possui um instituto de beleza onde são ministradas aulas, possuindo uma grande rotatividade de alunos em cursos modulares voltados para estética. "Estamos desde o dia 12 março dentro de casa. A rotina de todos foi alterada. No meu caso, desde quando os órgãos governamentais autorizaram o fechamento de todas as empresas todas as aulas que estava agendadas foram canceladas, todos os tratamentos estéticos foram desmarcados, pois aqui em Portugal as determinações são rígidas e geram multas para as empresas que descumprirem", diz a empresária.
Angella Lemos chama a atenção para o fato de que quando o vírus chegou a Portugal houve uma previsão de quando os casos de contaminações atingiriam o seu pico e que logo os números caíram, fazendo muitos acreditarem no final da pandemia, mas que logo em seguida o país voltou a registrar um novo aumento dos casos, surpreendendo a todos, inclusive as autoridades de saúde. "É um vírus muito enganador. As pessoas chegam a pensar que com os números caindo, vão voltar a sua rotina normal, coisa que não acontece. Aqui em Portugal já passamos por várias situações, como a queda dos números, que em uma semana reduziu muito, mas que depois voltou a subir, fazendo com que as autoridades aumentassem ainda mais a exigência do isolamento social", enfatiza Angella Lemos, acrescentando que o isolamento social que estava previsto para encerrar no dia 15 de abril foi estendido até o final do mês, podendo chegar até a primeira semana de maio.
Com a previsão do isolamento social para o final de abril, Angella Lemos conta que a rotina será retomada aos poucos e que mesmo com a liberação para que algumas empresas retornem às atividades, não serão permitidas aglomerações nos estabelecimentos, sendo o atendimento feito por agendamentos.
Quanto aos cuidados pessoais, Angella conta que adotou o que é orientado em todos os países. "Tomamos todos os cuidados que são orientados pelos órgãos de saúde. Particularmente tomei uns cuidados pessoais ainda mais rígidos, pois tenho problemas de asma e desde o dia 12 de março que não saio de casa para nada, nem mesmo para ir à farmácia. Compras de alimentos, idas ao mercado ficam por conta do meu marido. Todavia o que realmente tem funcionado para mim, é isolamento social, ficar em casa sem ter contato com ninguém. O trabalho tenho feito em casa, ministrando cursos onlines e preparando material para quando retornarmos às nossas atividades", diz a oeirense, ressaltando a importância de ficar em casa neste momento.
Angella Lemos ressalta ainda que as ações dos órgãos de saúde de Portugal fez com que o país não tenha registrado números de casos tão grandes como os países vizinhos. E que o fato da população compreender a necessidade de ficar em casa tem feito toda a diferença.
Amanda Valentim - Espanha
Vivendo em Madrid, Amanda Valentim é neta do senhor Antônio Carlos Valentim, bastante conhecido em Oeiras. Ela conta que o avanço do coronavírus, alterou a sua rotina totalmente desde o princípio porque a população teve que fazer o isolamento muito rápido, e que este tem sido bem rígido. "Há policiamento todo tempo nas ruas. Quem não tem justificativa de saída leva multa. Semana passada foram aplicadas 4.500 multas de 1.000€ (mil euros) cada para pedestres que não estavam cumprindo com a lei. Estamos de quarentena há 30 dias, com previsão de saída dia 26 de abril. Todavia houve um pronunciamento neste dia 10 de abril sobre uma possível prorrogação para mais 15 dias pela quantidade de infectados que ainda tem no país", relata.
Amanda conta que o número de casos a assustou muito: "Emocionalmente eu fiquei bem abalada. no começo eles passaram a situação de uma forma bem assustadora. Foi difícil assimilar e pensar que ficaria tudo bem".
Assim como em todos os lugares, Amanda diz que o maior cuidado é não sair de casa. "Em situações em que realmente preciso sair, como ir ao mercado por necessidade, uso máscara, luvas e álcool gel. Quando retorno troco toda roupa e nesse tempo procuro tocar no mínimo de coisas possível", diz, finalizando dizendo que mesmo com toda tensão causada pela pandemia, não pensa em voltar para o Brasil, principalmente porque viu a rapidez do governo e a união do país em combate ao coronavírus.
Alex Amorim - Argentina
Alex Amorim é um oeirense de 40 anos que atualmente mora em Buenos Aires. Ele conta que na cidade tudo está parado e que o povo argentino respeita muito a determinação de ficar em casa e evitar aglomerações. "Assim como em todo mundo, tivemos nossa rotina completamente alterada. Ficamos o tempo todo em casa. Escolas e faculdades estão fechadas, não podemos sair para nada, exceto coisas essenciais, como ir a um supermercado ou farmácia. Nada de ir a restaurantes ou barzinhos. É como se estivéssemos em uma prisão", conta Alex.
O oeirense diz que mesmo a Argentina tendo uma população pequena, o país tem 1.975 casos confirmados da doença, e que os cuidados preventivos têm seguido a risca, em especial evitar os cumprimentos pessoais, aglomerações, lavar bem às mãos com agua e sabão e na impossibilidade, usar álcool gel.
Mesmo distante, Alex Amorim tem acompanhado a situação do Piauí, e em especial de Oeiras e demostrou preocupação com o descumprimento do isolamento social por parte de alguns oeirenses. "Vejo com preocupação que em Oeiras há muita gente descumprimento a determinação de ficar em casa. Vejo notícias de bancos, lotéricas e supermercados lotados e isso é motivo de preocupação, por que com as pessoas nas ruas, aumentam as chances de contaminação. O ideal é ficar em casa", disse Alex.
Ceiça Miranda - Bélgica
Oeirense, do bairro do Rosário, Ceiça Miranda é mais uma oeirense vivendo em outro país. Ela mora em Bruxelas, na Bélgica, e diz que a chegada do coronavírus provocou muitas alterações na rotina da sua família e que a falta do convívio social a inquietou.
Com uma nova rotina, ela e sua família tiveram que reforçar os cuidados preventivos, como lavar as mãos, passar a usar máscaras e luvas e estar sempre atenta ao distanciamento das outras pessoas, quando necessariamente tem que sair de casa, como ir ao supermercado ou farmácia. "As pessoas aqui tem levado muito a sério a questão do isolamento social. Creio que 80% da população tem cumprido a risca o confinamento", diz Ceiça Miranda, acrescentando um dado triste, que é o aumento dos casos de pessoas com depressão.
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A oeirense conta ainda, que mesmo com todos os cuidados em algumas regiões do país, o número de pessoas infectadas tem aumentado a cada dia, como também o número de mortes que já são mais de 3000. "Olhando a situação de maneira geral, é assustador, no entanto creio no controle e poder de Deus, só Ele sabe o porquê de tudo isso", finaliza Ceiça Miranda, acrescentando que em nenhum momento pensou em voltar para o Brasil, pois se sente segura no país em que vive.