
Oeiras sedia I Encontro dos Núcleos de Capoeira Raízes do Brasil
02/05/2025 - 10:10Evento reuniu grupos locais e convidados, com apoio da Prefeitura de Oeiras e instituições parceiras
Para o técnico Carlos Alberto Parreira, jogar a Copa do Mundo em casa, como fará o Brasil em 2014, pode tornar-se um peso enorme ao invés de uma arma a favor. “Já perdemos uma Copa do Mundo dentro de casa, não podemos perder outra. Não podemos permitir que isso aconteça”, disse o comandante do Brasil nas Copas de 1994 e 2006, em entrevista concedida à agência Reuters.
Cotado para integrar a comissão técnica de Mano Menezes como coordenador ou em outra função administrativa, Parreira diz saber o que é preciso para o time ser campeão. “Além de preparo técnico, precisaremos ter um preparo psicológico muito grande”.
Mas a lembrança negativa da Copa de 1950, quando a seleção perdeu para o Uruguai na final, é só um dos fantasmas que assombram o time. “O Brasil vem de duas derrotas seguidas, em 2006 e 2010. Pode ter certeza que a pressão será muito grande sobre a seleção brasileira. Será uma enorme responsabilidade”.
Para completar a lista de problemas, Parreira cita a falta das eliminatórias, já que o país-sede está pré-classificado. “Inicialmente, eu era contra as eliminatórias, devido à dificuldade dos jogos e aos prejuízos que elas poderiam causar. Mas mudei de ideia e percebi que elas são essenciais”.
A solução, segundo ele, é manter o time em atividade. “A CBF terá que preparar uma boa lista de amistosos com adversários fortes até 2014. É importante jogar mais vezes no Brasil, e para isso a CBF terá que trabalhar duro e negociar muito. Eles já precisam sentir o clima”.
Embora apreensivo, o treinador vê com bons olhos o processo de reestruturação promovido por Mano. “A renovação é quase obrigatória para o treinador. Um novo ciclo sempre começa quando se perde. Gostei das novas caras, dos novos jogadores”.
O treinador cita a grande oferta de talentos como uma das armas brasileiras, mas diz que é preciso lapidá-los. “Não falta qualidade ao Brasil. É o melhor país para uma renovação. Agora, é preciso dar a eles experiência antes da Copa”.