
Blogueira Ana Azevedo é presa em operação contra facções criminosas no Piauí
30/04/2025 - 08:53Ela e o companheiro, ligado ao Bonde dos 40, foram presos na zona Sul de Teresina
Peritos e agentes federais retirados de investigações para atuar em funções burocráticas. Servidores sobrecarregados. Terceirização de serviços. Falta de um Plano Especial de Cargos restruturado. Apesar da eficiência de suas operações, a Polícia Federal no Piauí enfrenta problemas comuns aos órgãos públicos brasileiros.
Na quarta-feira (08), os servidores administrativos da PF participam de uma mobilização nacional. Em busca de melhorias salariais e de trabalho, a categoria adere à paralização de 24h organizada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF).
A desestruturação da carreira tem forçado os trabalhadores a deixarem a Polícia Federal em busca de melhores salários. Segundo Francisco Wilson da Costa, representante do SINPECPF, mais de 60% dos aprovados no último concurso público – realizado em 2004 –já abandonaram a PF.
Atualmente, somente 52 pessoas atuam nos núcleos da PF no Piauí. O ideal seria pelo menos 120 servidores e agentes. “Nossa demanda de trabalho é grande e estamos sobrecarregados”, afirma Costa. Além de deixar menos eficiente o serviço prestado à sociedade, o baixo número de pessoal prejudica a investigações de crimes. “Policiais e peritos que poderiam estar investigando ações do crime organizado, estão fazendo serviços administrativos, funções que não são deles”, denuncia o sindicalista.
A paralisação dos servidores da PF afeta temporariamente os serviços de suporte à atividade policial, o funcionamento de setores de atendimento ao público, como o cadastro de porte de armas, controle de produtos químicos, emissão de passaportes e atendimento a estrangeiros.