PolÃtica
PF prende ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, do governo Bolsonaro
Operação faz parte de investigação da atuação informal de pastores na liberação de verbas do Ministério da Educação.
Por: Da Redação em 22/06/2022 - 09:55
 A PolÃcia Federal deflagrou nesta quarta-feira (22) uma operação que tem como alvos o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do MEC.
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A TV Globo apurou que Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são alvos de mandados de prisão.
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Uma fonte da PF em São Paulo disse à TV Tribuna que Milton Ribeiro foi preso em Santos e que ele deve ser levado para BrasÃlia. Segundo o porteiro do prédio em que ele mora, o ex-ministro foi levado por volta das 7h.
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Até a última atualização desta reportagem ainda não havia confirmação da prisão dos pastores Santos e Moura.
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A PF investiga Ribeiro por suposto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério. Há suspeita de cobrança de propina.
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O inquérito foi aberto após o jornal "O Estado de S. Paulo" revelar, em março, a existência de um "gabinete paralelo" dentro do MEC controlado pelos pastores.
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Dias depois, o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas para municÃpios indicados pelo pastor Gilmar Silva.
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"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", disse o ministro no áudio.
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"Porque a minha prioridade é atender primeiro os municÃpios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", complementou Ribeiro.
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Após a revelação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação.
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Em depoimento à PF no final de março, Ribeiro confirmou que recebeu o pastor Gilmar à pedido o presidente Jair Bolsonaro. No entanto, ele negou que tenha ocorrido qualquer tipo favorecimento.
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Em vÃdeo, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que botava "a cara no fogo" por Ribeiro e que as denúncias contra o ex-ministro eram "covardia".
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Já nesta quarta, questionado sobre a prisão do ex-ministro pela PF, Bolsonaro afirmou que Ribeiro é quem deve responder por eventuais irregularidades à frente do MEC.