
Falece em Oeiras, Maria de Souza Feitosa aos 83 anos
01/05/2025 - 07:33Matriarca da família Feitosa enfrentava uma doença pulmonar e deixou filhos, netos e bisnetos
Enquanto governo do Estado e Ibama empurram um para o outro o entrave das obras do Programa de Aceleração do Crescimento-PAC, a falta de recursos e a burocracia dificultam a elaboração dos projetos lá na ponta, nos municípios. Essa chiadeira é geral, segundo a prefeita de Nossa Senhora de Nazaré, Lucienne Silva (PTB). Ela afirmou ainda que para sua administração há um complicador a mais, a cidade “pertence à padroeira”.
“Toda terra urbana pertence à igreja, pertence à santa. Conseguir um pedaço de terra para construir uma escola ou qualquer outra obra tenho que ir ao bispo e solicitar a doação. O bispo terá que ir ao cartório, eu vou ter que contratar um topógrafo para fazer o memorial descritivo, um engenheiro para fazer a planta do terreno, que vai para o cartório e então teremos o documento. Isso demora porque nunca podemos contar com a presença imediata de um bispo”, descreve a peregrinação.
Lucienne reclama ainda da dificuldade de conseguir a licença ambiental e das empresas contratadas para a realização das obras. A prefeita lembrou que a construção de uma passagem molhada no município trouxe problemas junto ao órgão financiador e, por conseqüência, atrapalha projetos do PAC.
“Eu mesma tive uma experiência ruim com construtora por causa dessa obra que precisou ser refeito duas vezes. A enchente já levou ela novamente, mas a Codevasf não quer saber disso, ela quer saber se a obra foi realizada, que está firme e no ponto de ser entregue. Uma situação dessa atrapalha a verba para uma estrada, uma emenda parlamentar e até mesmo do próprio PAC”, explicou.
Para finalizar o calvário, a prefeita de Nossa Senhora de Nazaré lembra que é preciso contratar uma empresa para fazer o projeto do PAC, o que não sai por menos de R$ 6 mil. Lucienne afirma que tem dificuldade até para pagar a folha de pagamento, mas reconhece que os prefeitos têm que se preparar mais para não perder convênios.
“De qualquer forma nós precisamos nos preparar mais para fazer tudo o que é preciso. Um projeto envolve engenheiros, topógrafos mas se o prefeito não passar os detalhes a assessoria não faz isso. Ela só quer saber do projeto no papel o gestor que tem que entregar todos os dados, o técnico contratado pela prefeitura é que faz o trabalho de campo e, com os dados na mão, a assessoria de projetos faz e dá entrada no órgão competente”, concluiu.
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