Secretário nacional de segurança, com robert, critica o caso

Em Teresina, onde visitou as obras da nova delegacia da Central Única de Flagrantes, O secretário nacional de segurança Ricardo Balestreri fez duras críticas à atuação da Polícia de São Paulo no Caso Eloá.

Eloá Cristina, estudante de apenas 15 anos, morreu após passar quatro dias seqüestrada pelo ex-namorado Lindemberg Alves, de 22 anos, em um apartamento em São Paulo. Levou um tiro na cabeça após invasão policial, que já havia permitido a entrada da amiga Nayara Rodrigues.

"O processo foi exagerado. Houve erros flagrantes. A reintrodução de uma das vítimas no local de seqüestro, que pelo padrão internacional de polícia é inadmissível. Tivemos uma tentativa de invasão que demorou alguns segundos e que ela deveria ter sido múltipla. No mínimo ter alguém entrando pela janela. Pelas cenas que tivemos nos vídeos, tivemos dificuldades", disse.

O secretário nacional de segurança Ricardo Balestreri, no entanto, diz que que compreende que houve "momento de muito estresse" entre bandidos e policiais e acredita que o caso servirá de exemplo. Ao lado de Robert Rios, ele aproveitou para elogiar o trabalho da Polícia do Piauí e o fato de terem uma nova e moderna delegacia.

"Com esta delegacia, posso estar onde estiver, de qualquer região do País, que posso acessar, pelo meu notebook, qualquer ação que estiver ocorrendo. Câmeras serão instaladas e tudo será monitorado", disse Robert Rios. A Central Única de Flagrantes será inaugurada pelo governador Wellington Dias (PT) em novembro.

Edição: Allisson Paixão/ 180 Graus