Serviços essenciais terão paralisação

Seis categorias profissionais estão ameaçando paralisar as atividades depois que o governador Wellington Dias determinou a suspensão do pagamento das gratificações previstas na Lei 5.755. Wellington Dias convocou uma reunião com os representantes das categorias para informar que não poderia pagar as gratificações agora devido a crise econômica e as enchentes que consumiram os recursos do erário público. Os Policiais Militares, Corpo de Bombeiros, Policiais Civis, Fazendários, Auditores Fiscais, Médicos podem parar as atividades a partir da próxima semana.


O capitão Evandro Rodrigues, presidente da Associação dos Oficiais da PM-PI, disse que as categorias estão todas juntas e haverá uma ação coordenada se houver paralisação. "Tudo está sendo analisado em assembléia geral. Cada categoria vai fazer a sua e depois os representantes vão conversar entre si para fazer uma coisa coordenada e unificada. O posicionamento para um ato só", emendou o oficial.


"A paralisação é possível, porque dizem que Militar não pode fazer greve, mas o Governo pode descumprir e desrespeitar a lei? A lei não diz que é crime militar fazer greve. Podemos fazer a manifestação sim", disse o presidente da Associação dos Oficiais.


"Desta vez todas as associações estão juntas do soldado ao coronel. É uma negociação aprovada em lei e não querem pagar. O problema é que muitos militares já gastaram por conta, contando com este dinheiro do aumento", comentou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos, sargento Alberto Sena.
"Nós teríamos um acréscimo de R$ 12,50 em maio; R$ 18,70 em agosto; R$ 31,50 em novembro. Mas tem muito deste dinheiro que já foi antecipado em empréstimo consignado. O aumento foi negociado há um ano e agora não pagam. A classe está revoltada. Jarbas Cavalcante. Todos juntos", comentou o presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, soldado Jarbas Cavalcante.




Diário do Povo