Sinpoljuspi reúne categoria para decidir sobre greve

Os policiais civis e servidores penitenciários do Estado, representados pelo sindicato da categoria, poderão deflagrar greve geral na manhã de hoje, durante uma reunião de assembléia geral que será realizada na sede do Sinpoljuspi. A paralisação será em protesto contra o Governo do Estado que se recusa a pagar os 12% (segunda parcela do subsídio) acordado junto ao Tribunal Regional do Trabalho.

Segundo o presidente do Sinpoljuspi, Jacinto Teles as categorias (civis e penitenciários) estão revoltadas por que o governador Wellington Dias disse que não vai pagar de uma vez só os 12%. Além disso, o governo também não vai pagar o reajuste previsto em lei de diversas outras categorias, como médicos, auditores fiscais, fazendários, policiais militares e bombeiros.


O Governo alega que, caso faça o pagamento de uma vez só, vai descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal -LRF, que limita em 60% o gasto do Estado com a folha de pagamento. Mas a desculpa não é aceita pelos representantes das categorias prejudicadas.
Jacinto Teles afirmou o Governo do Estado poderia economizar recursos sem penalizar os servidores efetivos. “A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 169, Parágrafo 3, Incisos I e II, diz que o Executivo pode demitir a partir de 20% dos cargos de confiança e também os servidores não estáveis”, afirmou Jacinto.

Em vez disso, o Governo tem tomado atitudes contrárias, como gastando demasiadamente com passagens aéreas, patrocinando o filme do deputado Frank Aguiar, além de ter voltado com as gratificações dos cargos de comissão, a condição especial de trabalho.

Reunidas, anteontem, no auditório da Escola Fazendária, as entidades sindicais que representam servidores prejudicados pela decisão do Governo de não cumprir o aumento previsto em lei, entregaram um documento à OAB/PI solicitando que a entidade intervenha junto ao Governo para que cumpra o que foi acordado na justiça trabalhista.




Diário do Povo