Suspeito de matar irmãs de 15 e 16 anos em Cunha SP é preso

 O principal suspeito da morte das duas irmãs adolescentes em Cunha, cidade a 231 km de São Paulo, Ananias dos Santos, foi preso na madrugada desta segunda-feira (11). De acordo com a Polícia Civil, ele foi localizado na casa dos pais, que fica no mesmo município em que o crime foi cometido.

De acordo o DIG (Departamento de Investigações Gerais) de Guaratinguetá, responsável pela prisão do suspeito, por volta das 8h40 ele estava acompanhado de policiais em busca da arma usada no dia do crime.Após a diligência, ele deve voltar para a sede do DIG para ser interrogado pelo delegado Marcelo Vieira Cavalcante, titular de Cunha.

Ainda de acordo com o DIG, após o depoimento o homem deve ser transferido para a Cadeia Pública de Guaratinguetá.

A família das irmãs ainda não tinha sido comunicada da prisão de Santos até a publicação desta reportagem. A mãe espera que a notícia seja dada logo.

- Não sei se é verdade, vamos esperar para ver. Eu espero que seja, porque está todo mundo aflito, principalmente eu que sou mãe.

Procurado

Ananias dos Santos integrava a lista dos mais procurados pela Justiça de SP. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), além de ser procurado pela morte das jovens, ele responde por evasão, formação de quadrilha, roubo, porte ilegal de armas e constrangimento ilegal. Santos nasceu em Cachoeira Paulista.

Os corpos das irmãs foram encontrados na zona rural de Cunha, no final de março, já em avançado estado de decomposição. O resultado dos exames do IML (Instituto Médico Legal) de Guaratinguetá apontou que as duas foram baleadas no peito e na cabeça, mas as irmãs não tinham sinal de que haviam sofrido violência sexual. Elas estudantes estavam desaparecidas desde o dia 23 de março.

A Polícia Civil confirmou que os corpos foram encontrados com a ajuda do próprio Santos. A informação foi revelada durante inquérito policial. Uma testemunha disse que ele disse ter visto dois corpos às margens de um rio, o mesmo local em que as irmãs foram encontradas.

As afirmações teriam sido feitas pelo suspeito a testemunhas em Pindamonhangaba, durante a fuga de Santos. Ainda de acordo com a polícia, Santos fugiu de Cunha por medo de ser detido, uma vez que ele já era foragido da Justiça.