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Dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgados ontem quinta-feira (26/11) pelo Ministério da Saúde, revelam que Teresina foi a 3ª cidade do Brasil que registrou o maior crescimento em casos de Aids no país, entre 1997 e 2007. O número de pessoas com a doença aumentou 254,4% no período na capital do Piauí, que ficou atrás do município de Ananindeua (PA), com 380%, e São Luís (MA), com 272,1%.
O boletim não informou números absolutos com relação à quantidade de pessoas infectadas em Teresina, mas revelou outro dado alarmante: a capital do Piauí é a 13ª capital do Brasil com maior incidência de Aids.
Segundo o Ministério da Saúde, de cada 100 mil habitantes, 24,7 estão infectados. Em 2002, o índice era de 15,3.
A incidência na capital piauiense superou a de cidades mais populosas, inclusive metrópoles, como Curitiba (24,5), Goiânia (22,7), Fortaleza (22,3), Belo Horizonte (21,9), Salvador (21,7) e Brasília (17,3). Contudo, apesar do alto índice, Teresina possui um índice quatro vezes menor que o da primeira cidade do ranking. Porto Alegre (RS), entre os 4.867 municípios onde a Aids já foi notificada, possui 111,5 casos para cada 100 mil habitantes.
Além de Teresina, a incidência da doença aumentou também no Piauí. Em 2002, o estado tinha 6,5 casos de Aids por cada 100 mil habitantes. Em 2007, o número havia quase dobrado: 10,7. Apesar do crescimento, o Piauí ainda é um dos estados com menor incidência: é o sétimo menor entre as 27 unidades de federação. No Rio Grande do Sul, o primeiro, o índice é de 43,8.
A análise nacional do Ministério da Saúde revelou, no entanto, que houve uma queda de 15% na taxa de incidência da doença entre os anos de 1997 e 2007, porém a incidência nos municípios com menos de 50 mil habitantes dobrou, revelando que a epidemia chegou com força ao interior do país.
Em 1997, a taxa nas cidades com menos de 50 mil habitantes era cerca de oito vezes menor do que a registrada nas cidades com mais de 500 mil pessoas. Em 2007, essa relação caiu para três vezes.
Tratamento interrompe evolução da doença
Em 2002, Marcelino de Jesus Quaresma, de 63 anos, descobriu que estava infectado pelo vírus da Aids. Sintomas como a diarréeia frequente, além da rápida perda de peso eram cada vez mais presentes, até que o paciente chegou a um ponto em que nem mesmo conseguia levantar-se por conta própria. Hoje, após sete anos vivendo no Lar da Esperança, casa de apoio a portadores de HIV, diariamente toma o coquetel de remédios que garante sua qualidade de vida.
“Claro que a minha vida não é normal como a de outras pessoas, mas hoje já faço meu tratamento da maneira correta e não vou parar no hospital com tanta frequência”, conta Marcelino de Jesus, que atualmente ajuda nas tarefas domésticas do Lar da Esperança, já que este é mantido por doações e funciona com a ajuda de voluntários. “Assim que descobri que estava infectado, passava a noite vendo coisas, estava bem magro e dava bastante trabalho, hoje assumi que tenho a doença e tento cuidar da melhor maneira possível”, acrescenta.
Para a enfermeira Lélia Oliveira, os sintomas da Aids são muito parecidos com os de outras patologias, como a diarreia, a perda de peso e a transpiração exagerada. Segundo ela, mediante comprovação da doença, o paciente deve ser tratado com o coquetel de remédios que impedirá que o vírus se manifeste. “O vírus atua na destruição dos glóbulos brancos, fazendo com que o corpo da pessoa fique bastante suscetível a outras infecções oportunistas, como o calazar, a tuberculose e a meningite”,
afirma a infermeira.
Fonte:Jornal O DIA