
Falece em Oeiras, Maria de Souza Feitosa aos 83 anos
01/05/2025 - 07:33Matriarca da famÃlia Feitosa enfrentava uma doença pulmonar e deixou filhos, netos e bisnetos
O trânsito de Teresina virou um caos por causa
das chuvas e enchentes. Nas principais avenidas de acesso da zona Leste para as zonas Norte, Sul e Centro, as filas de carros eram intermináveis. O congestionamento durava horas. A situação era mais grave nas pontes da Primavera e da avenida Frei Serafim. A interdição de avenidas agravou o quadro. O problema era mais grave nos horários de rush.
Na manhã de ontem, a notÃcia da interdição da ponte da Primavera fez com que os motoristas procurassem alternativas para cruzar a cidade. A avenida Frei Serafim foi, sem dúvida, a principal via de acesso e a mais congestionada. Além da interdição das avenidas CajuÃna e Raul Lopes, na zona Leste da cidade, em parte das avenidas Freitas Neto (no bairro Mocambinho) e Marechal Castelo Branco o trânsito foi interrompido.
Trânsito lento também foi registrado no balão da Tabuleta, na zona Sul. O diretor de Trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito- Strans, Ricardo Freitas, pediu cautela aos motoristas. "Esta é uma situação que nunca aconteceu em Teresina. O trânsito está complicado e intenso e merece mais cuidados", disse. O diretor reforçou a recomendação dada pelo prefeito SÃlvio Mendes para que a população evite sair de casa.
A Strans solicitou a redução de 30% da frota de ônibus que fazem linha para a zona Leste da cidade. O objetivo da ação é evitar congestionamentos e maiores problemas no trânsito na Avenida Frei Serafim, consequentemente, na Ponte Juscelino Kubistchek (Ponte da Frei Serafim). De acordo com o superintendente da Strans, José João Braga, a medida deverá evitar congestionamentos na ponte que liga o centro à zona Leste de Teresina. "Estamos trabalhando para controlar o fluxo de carros na Frei Serafim, que é uma das principais vias da cidade", enfatizou.
O Corpo de Bombeiro tem alertado para as pessoas evitarem tomar banho nas águas das enchentes, porque há risco de contaminação com águas de fossas e esgotos. Além disso, há um aviso para répteis que têm sido encontrados em vários pontos da cidade, como cobras e jacarés.
A PolÃcia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados porque estão saqueando as residências que estão alagadas. As pessoas no Ãmpeto de salvarem alguns pertences estão resgatando utensÃlios, móveis e roupas em barcos, mas tem pessoas que estão utilizando barcos para entrarem nas casas dos outros.
Aulas são suspensas e lojas são fechadas
As aulas nas escolas da rede pública estadual e municipal foram suspensas até quinta-feira, 7. O prefeito SÃlvio Mendes assinou um decreto com a medida e o governador Wellington Dias deu a mesma recomendação, que deverá se estender aos demais municÃpios do Estado, atingido pelas chuvas. As escolas particulares acabaram aderindo à suspensão das aulas, até que o trânsito volte ao normal em Teresina.
A Universidade Estadual do Piauà e a Universidade Federal do Piauà suspenderam as aulas por 72 horas. O Centro Federal de Educação Tecnológica-Cefet também deve ficar sem aulas. Faculdades particulares como a Santo Agostinho, FAP e Ceut também suspenderam as aulas. Além das escolas, o prefeito ainda decretou ponto facultativo para os funcionários do municÃpio. O movimento nos shoppings e no Centro da cidade também ficou comprometido. O Sindicato dos Lojistas de Teresina divulgou uma nota pedindo o fechamento das lojas do Centro, caso a situação não se estabilize nas próximas horas.
Sem aulas, as escolas estão servindo de abrigos. Na zona Norte da cidade, o ginásio da Unidade Escolar EurÃpedes de Aguiar, começa a receber as primeiras famÃlias desabrigadas. Ontem pela manhã já havia três famÃlias no local.
"Cheguei ontem [anteontem] à noite. Estou com meu filho de sete anos e meu marido", disse a dona de casa Josenira Lopes de Jesus, grávida de nove meses. Ela conta que morava em uma casa da rua 11 de Agosto, no bairro Primavera. As demais famÃlias que dividem espaço com a dona de casa vieram do Mocambinho. Josenira disse que recebeu a visita das assistentes sociais e aguarda a ajuda da prefeitura. "Enquanto a ajuda não chega, vamos comer o arroz e o feijão que trouxe de casa", diz.
Diário do Povo