Casa fica parcialmente destruída após ser atingida por incêndio em Oeiras
19/08/2024 - 11:24O incêndio teria começado a partir de um incêndio no terreno baldio ao lado.
O jornalista piauiense Magnus Regis, que mora no Rio Grande do Sul há 14 anos, concedeu entrevista à TV Antena 10 nesta segunda-feira (06), sobre a tragédia climática que assola o estado. Até o momento, foram registradas 83 mortes, 111 desaparecidos e 291 feridos, conforme a Defesa Civil local.
O comunicador é de Teresina e atua na área do jornalismo em Porto Alegre. Para a reportagem, ele explicou que mora em uma área alta, mas que está sem luz e abastecimento de água. Para ele, em todos esses anos que mora no RS, é uma tragédia inigualável.
“De fato essa é uma tragédia enorme, inigualável em termos de números de cidades atingidas, em toda a história do Rio Grande do Sul. Nesse estado, o único registro que se tem de uma grande enchente foi de 1941. O que a gente vê acontecer agora já supera por completo tudo o que foi visto naquele tempo. Quase todo o estado está atingido de alguma forma pela força das águas e agora essas águas descem até o Lago Guaíba, onde deságua e tem afetado de sobremaneira a cidade. O centro de Porto Alegre em grande parte está debaixo d'água. Eu moro no Centro, mas resido em uma parte alta onde dificilmente a água pode chegar. Em tese estou seguro, mas sem luz e sem abastecimento de água. Para mim, é um dos menores problemas diante de tantas pessoas que perderam casas, perderam bens, empresas e estão sem absolutamente nada”, descreve.
O piauiense destacou que apesar do cenário de tragédia, as pessoas estão se unindo em prol dos desabrigados e afetados pelos temporais que atingem a região.
De acordo com um mapeamento da Defesa Civil, 149,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 20 mil em abrigos e 129,2 mil desalojadas (nas casas de amigos ou familiares). Ao todo, 364 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul tiveram algum tipo de problema, com 873 mil afetados.
“Mas neste momento também a gente vê a cidade sendo solidária; a grande força solidária da cidade de Porto Alegre que tem ajudado bastante essas pessoas e quem está de longe, como pode ajudar. E também quem não tem ajuda material a oferecer nesse momento, pode oferecer a sua oração, o seu pensamento positivo, para que de fato a gente possa ter força para superar isso”, pontua o piauiense.
Magnus Regis aproveitou ainda para mandar um recado para sua família em Teresina.
“Eu estou em um local seguro, mas consigo ver da minha casa a inundação no centro e é uma tristeza, uma desolação, é algo surreal. Essa é a tragédia ambiental que se abate no Rio Grande do Sul e que a gente tem vivido. Quem está de longe pode acompanhar com a sua oração e com a sua ajuda material pelos canais oficiais. Aproveito essa oportunidade para tranquilizar a minha família. Estou bem, estou em um local seguro”, finaliza.
O Aeroporto de Teresina (THE) está recebendo alimentos não perecíveis e materiais de higiene pessoal que serão doados às pessoas desabrigadas e desalojadas por causa das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. As pessoas poderão colocar as doações em um posto de coleta devidamente identificado no saguão do terminal. Todo o material será encaminhado aos órgãos de defesa e proteção social do Rio Grande do Sul.
“Todo o país está comovido e solidário ao povo gaúcho, que está enfrentando uma tragédia ambiental sem precedentes. Por isso, estamos nos somando à corrente de fraternidade para fazer chegar às pessoas mais vulneráveis neste momento as contribuições de brasileiros que vivem nas cidades onde atuamos”, afirma Marcius Moreno, Gerente Executivo de Aeroportos da CCR Aeroportos.
Fonte: Portal A10+