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Um levantamento da Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (Fetag) nos municípios piauienses aponta para um cenário preocupante. Para quem vive no interior do semi-árido piauiense, a falta de chuvas e o clima quente e seco já dão sinal de que tempos difíceis estão começando.
Os dados parciais da Fetag mostram que 15 cidades do semi-árido, especialmente da região de Picos e São Raimundo Nonato, estão sem água para consumo humano e animal devido à forte estiagem que mais um ano promete castigar o sertão do Piauí.
As famílias residentes na zona rural dos municípios de Fartura, Pio IX, Dom Inocêncio, Monsenhor Hipólito, São Julião, Dom Expedito Lopes, Acauã, Bonfim do Piauí e Várzea Branca já sofrem as conseqüências da falta de chuva no Estado. Segundo o secretário geral da Fetag, Joaquim Cardoso, os sindicatos regionais estão coletando o número total de famílias atingidas com a estiagem. “Não temos um número certo de famílias rurais, mas a situação está caótica nessas cidades. As queixas são muitas e diárias que nos chegam”, afirmou.
O primeiro sinal da seca nesses municípios, conforme o secretário da Fetag, foi a perda das pequenas e médias plantações e quando as lagoas secaram pela falta de chuva. “Só não estão sofrendo sem água os trabalhadores rurais que moram perto de barragens, como a da Boa Esperança e Garrincha”, completou Joaquim Cardoso.
Além da falta de água e alimentação, ele explica que a população de alguns municípios atingidos está sofrendo com problemas de saúde, adquirindo doenças como a catapora. “Como não tem água, as pessoas ficam sem alimentação adequada e não podem cuidar como deveriam da higiene pessoal”, disse.
Gravidade - Segundo o levantamento parcial da Fetag, a situação é mais agravante das famílias residentes nos municípios de Fartura, São Julião, Dom Expedito Lopes, Acauã, Bonfim do Piauí e Várzea Branca, onde até as pequenas lagoas para consumo próprio secaram nas últimas semanas. “Na zona rural não há mais de forma alguma abastecimento de água”, frisou.
Seguro - Para o secretário, uma forma de minimizar o sofrimento dessas famílias é a liberação do Garantia Safra, seguro pago pelo Governo Federal aos agricultores em casos de perda da lavoura ocasionada pela seca ou enchentes. “As informações que chegaram à Federação é que algumas prefeituras estão tendo dificuldade para pagar sua contrapartida no seguro safra, o que impede a liberação do recurso”, acrescentou.
De acordo com as regras do Garantia Safra, o benefício se R$ 550 só pode ser entregue ao trabalhador de ele comprovar perda acima de 50% da produção e quando os recursos dos poderes federal, estadual e municipal tenham sido efetuados.
A Fetag informou que até o final deste mês, o levantamento será concluído e enviado para o Governo do Estado através da Secretaria Estadual de Defesa Civil para que alternativas rápidas e viáveis sejam tomadas, o mais breve possível.
Entretanto, a orientação da Defesa Civil é que a prefeitura municipal decrete estado de emergência e emcaminhe toda a documentação para a Secretaria. Somente dessa forma o governo estadual poderá homologar o decreto e encaminhar para a Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Jornal Meio-Norte