Vinte estados aderem à paralisação nacional proposta por Wellington Dias

 Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (10), o governador Wellington Dias (PT) anunciou medidas mais duras para conter disseminação do novo coronavírus. A situação do Brasil e do Piauí são de colapso na saúde pública e privada. Para isso o chefe do executivo piauiense pautou uma paralisação nacional para conter a pandemia. Os estados que estão de acordo com as medidas são: Piauí, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Distrito Federal, Alagoas, Minas Gerais, Ceará, Sergipe, Goiás, Maranhão, Amazonas, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Os 27 estados, no entanto, adotaram medidas restritivas após a crescente no número de casos, fato potencializado após a disseminação da nova variante brasileira, apontada como mais transmissível. "O que queremos agora é fazer uma paralização de todos ao mesmo tempo. No carnaval tivemos um grande exemplo de como isso pode funcionar. Nós estamos buscando um caminho, que não pode ser só do Piauí. Conversando com as casas legislativas e o judiciário, peço um pacto nacional pela vida. Não é um jogo de palavras. É uma necessidade. Ontem foram quase 2 mil óbitos, muitos podem ver só o número, mas são pessoas. Nós decidimos por um pacto pela vida. O fato é que estamos perdendo a batalha para o coronavírus. O colapso na rede hospitalar nacional é uma realidade. Queremos evitar uma tragédia", pede Wellington Dias.

O Estado enfrenta o ponto mais complicado da pandemia. "Nós chegamos a uma situação em que sete das oito regiões de saúde alcançamos o limite em relação a UTI. Tivemos uma proporção maior do que do primeiro período da pandemia. Estamos adotando o campo de mais UTIs, onde temos bem mais do pico do ano passado. Também estamos com um patamar elevado de leitos clínicos, com 70% de ocupação. No entanto, estamos queimando o último cartucho com relação a leitos clínicos e UTI. Nossa capacidade de aumentar os leitos chegou no teto", disse Dias.

Assista a live do governador:



O governador afirma que medidas mais restritvas devem ser tomadas. Uma delas é equipar o Hospital da Polícia Militar. "Quero que compreendam a situação. Vamos adotar novas medidas. Hoje ainda vou colocar em decreto o Hospital da Polícia Militar como Hospital Covid-19. Vamos ampliar leitos clínicos e de UTI. Conversei com o Ministério da Saúde e pedimos 40 respiradores para o Piauí, para Picos e Parnaíba", revela.

As cirurgias eletivas permanecerão suspensas. "Vamos fazer um decreto limitando cirurgias eletivas. Somente casos urgentes. Queremos pactuar com os conselhos e direções hospitalares. E os leitos liberados devem ficar à disposição para pacientes com covid-19. Precisamos credenciar esses leitos", acrescenta Wellington Dias.

Vacinas

O governador Wellington Dias anunciou que foram aprovadas ontem 3 milhões de doses da Astrazeneca pela Coreia. A ideia é formalizar um acordo com o Reino Unido para que a AstraZeneca possa manter o contrato com o Brasil e entregar 15 milhões de litros do fármaco ativo da vacina, o IFA. "O Brasil é o epicentro da pandemia no mundo, em nome da gente poder conter o coronavírus, a importância de ter uma solução, manter o cronograma até o cumprimento do calendário, de todo modo estamos dialogando com o Governo dos Estados Unidos", aponta.