
Maio no LABEM: saúde completa, com especialistas e exames no mesmo lugar
05/05/2025 - 09:01Consultas médicas, exames de imagem e acompanhamento em diversas áreas, com praticidade, confiança e condições acessÃveis
 Mais de 500 pessoas passaram por consultas para o diagnóstico de hansenÃase em comunidades quilombolas nos municÃpios de Redenção do Gurgueia, Bom Jesus e Canto do Buriti. A ação foi realizada entre os dias 10 e 13 de abril, pela Carreta Novartis da HansenÃase, numa parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e municÃpios.
No PiauÃ, a carreta deve permanecer por três meses, percorrendo 23 municÃpios, prioritariamente aqueles que tenham comunidades quilombolas, como explica Gilvano Quadros, coordenador de Equidade da Sesapi. "A ação é realizada nessas comunidades por ser uma população vulnerável e ainda pelas dificuldades do serviço chegar até as elas", afirma Gilvano.
Nessa primeira semana, a carreta atendeu 520 pessoas, sendo que foram 10 casos diagnosticados com hansenÃase. Dessas, sete já estavam em fase avançada da doença e três na fase inicial. "Essa população foi incentivada a fazer esses exames porque, à s vezes, elas têm uma mancha, mas não procuram o serviço, vão deixando passar. Até porque a mancha não é dolorosa, não coça. Com essas orientações, foram mostrados todos os tipos de manchas e identificando algumas lesões, como mostram os dados", relata Quadros.
Segundo o coordenador, todos os casos identificados serão encaminhadas para tratamento, que é feito de forma gratuito, pelo Sistema Único de Saúde(SUS).
Esta semana, a Carreta Novartis vai estar nos municÃpios de São Raimundo Nonato e São Lourenço. Até o final do mês, serão Dirceu Arcoverde, Fartura do Piauà e Várzea Branca.
Dados
O Piauà registrou 935 casos de hansenÃase em 2017, representando um aumento em relação a 2016, quando foram notificados 911, o que corresponde a 2,67%. Os dados revelam ainda que, aproximadamente, 67,5% deles (631) foram notificados já em estágio transmissÃvel. Os dados foram apresentados em janeiro, pela Coordenação Estadual de Controle à HansenÃase da Secretaria de Estado da Saúde.
As notificações mostram também que o estado apresenta 29,1 casos para cada 100 mil habitantes, parâmetro considerado muito alto. "Tanto a classificação predominante, do tipo multibacilar, e o parâmetro de detecção da doença (muito alto), chamam a atenção para a necessidade de mais envolvimento dos serviços de saúde dos municÃpios em estratégias para o alcance do diagnóstico precoce da doença. Com a classificação multibacilar predominante mostra que existe focos da doença em atividade em todo estado", alerta a supervisora estadual de Controle de HansenÃase, Eliracema Alves.
HansenÃase
A supervisora explica que a hansenÃase é uma doença que atinge primeiramente os nervos, e em seguida, de forma tardia, as manchas. Essas manchas podem ser de coloração amarronzada ou rósea, são indolores, ou seja, não doem. Essas manchas têm diminuição de sensibilidade, são dormentes e que se não forem tratadas em tempo certo, precocemente, elas podem evoluir com incapacidades, deformidades.
A hansenÃase tem cura. O tratamento pode ser de 6 meses a 12 meses, de acordo com o diagnóstico. O tratamento é gratuito, pelo SUS, nos 224 municÃpios do estado.