Bárbara Domingos tem 24 anos, mas já é uma das maiores atletas da ginástica rítmica do Brasil. Ela conquistou três ouros (no individual geral, bola e fita) e duas pratas (arco e maças) no Pan de Santiago, ano passado. Em 2024, ganhou o ouro no individual geral no Pan-Americano de Ginástica Rítmica. Além disso, antes das Olimpíadas, ficou com o bronze na etapa da Copa do Mundo, na Romênia.

Com mais um objetivo alcançado na ginástica rítmica, Bárbara Domingos disse que não ficou satisfeita com o desempenho na final. Entretanto, ficou contente com a reação do público em Paris.

- Não foi da forma que eu gostaria a minha apresentação. Mas tentei dar o meu máximo, por mais que tive alguns errinhos. Eu contagiei a mim mesma, mas sim o público. Para mim, é algo que vale muito mais a pena pensar dessa forma. Tive erros, mas o acolhimento foi algo que não tem como explicar.

A brasileira terminou em último no quadro geral da final, somando uma média de 123.100. Darja Varfolomeev, da Alemanha, ficou com o ouro, somando 142.850 na média. A prata foi para Boryana Kaleyn, da Bulgária, com 140.600.Sofia Raffaeli, da Itália, foi bronze ao somar 136.300. Bárbara foi a primeira a se apresentar.

- Fiquei tão brava que errei no arco, que acho que usei toda a minha raiva quando entrei na bola. Isso que me motiva. É, querendo ou não, a resiliência de cada atleta. Errou, tá bom, passa. Ginástica rítmica, no individual, tem quatro aparelhos. A gente tem que sempre se motivar. Se um aparelho foi bem, outro ruim, a gente tem que estar sempre se motivando. Querendo ou não, é muito difícil entrar primeiro, ainda mais numa Olímpiada. Mas tenho certeza que dei o meu melhor. Estava feliz que estava na final olímpica. É o que basta - concluiu a brasileira.

O calendário da ginástica rítmica reserva, para 2025, o mundial da modalidade no Brasil. Irá ocorrer no Rio de Janeiro, em agosto. Bárbara Domingos disse que ainda não pensa na competição, nem no próximo ciclo olímpico, para os Jogos de Los Angeles-2028.