Beleza por beleza, voto em Iraceminha, com certeza...

Você viu o Cabeção por aí?

Algumas passagens da infância de qualquer sujeito deixam marcas pra vida toda. Quando eu era meninote, me botaram o apelido de "Cabeção". E, pra me deixar com raiva, era só assoviar aquela musiquinha infeliz: "Você viu o cabeção por aí? Eu não. Eu não vi, não!"

Carreguei este apelido até os 15 anos, quando me mudei para Brasília. Lá me deram folga do tal do cabeção e começaram a me chamar de "Piauí". Era "Piauí" pra cá e "Piauí" pracolá. Até um dia em que um amigo foi me apresentar para uma garota e disse assim: "Piauí" esta é a Carol. Carol este é o "Piauí". Amando o Piauí ou não, minha leitora e meu leitor vão ter que concordar comigo. Qual mocinha da metrópole vai se interessar por um sujeito que atende pela alcunha de "Piauí"? Ou "Paraíba"? Ou "Baiano"? O bom de toda regra são as exceções. Não sei se foi o meu jeito de Antõi ou o meu caminhado de Migué, mas o certo é que a moça foi com a minha cara. Além de me querer, ainda arriou os quatro pneus e a barra da direção por esta humilde e modesta pessoinha que ora vos escreve!

Daí em diante, levantei a cabeça, enchi o peito e acabei com esta besteira de me importar com apelido. Tanto fazia me chamarem de Jesus ou de Genésio, Santo Antônio ou Sabugo, Frei Damião ou Frei de Caminhão, Urubu ou Meu Louro... Pra mim, dava na mesma. Se a pessoa tivesse olhando pro meu rumo eu atendia na hora.
Depois ainda me apelidaram de Beto Barbosa, de Mr. Bim (aquele xarope da televisão) e até de Tom Cruise, que, pra falar a verdade, eu não sei nem de quem se trata.


Os sósias


Agora nesta eleição, que eu tava aqui no meu cantim, na minha, como lá diz o outro, quando chega um gaiato, que, do nada, sem ter o que fazer, espalhou no Twitter que eu sou cagado e cuspido o R.Sá. No primeiro momento pensei: Eu lá me importa! Se o R.Sá, que tem dinheiro, é famoso e tá assim de pretendente, não se incomodar, eu mesmo é que não vou gastar meu juízo com esta comparação. Mas o negócio pegou dum jeito que já tão me ligando até pra me pedir dinheiro.

Não tenho culpa a dar. Que dirá dinheiro! Mas, já que me jogaram nesse balai, não vou só, feito o Dorival Caime, que foi pra Maracangaia sozim, sem a Amália! Por aí ta impinhadim de gente que se parece uns com os zozôto. Quer ver?

- O Reginaldo Carvalho com o Antônio Félix (deputado de Campo Maior)
- O Seu João com o João Henrique Peru
- O Assis Carvalho com o Antônio Neto. E os dois com o Quem Quem
- A Flora Isabel (a do cartaz) com a deputada Ana Paula
- O Heráclito Fortes com o jornalista Luciano Coelho (a boca, principalmente)
- O Themístocles Filho com o Zé Lopes Pimbas
- O Silvio Mendes com o Charles Silveira
- O Chico Filho com o Zé Nordeste

Mais Parecença

Mas não hái no mundo quem se pareça mais do que duas pessoas que eu vou citar já já. A cara dum é o fucim do outro: o Wilson Martins com o Wellington Dias.

Se você não concorda, experimente tirar a barba do Wilsão e botar no Wellington. Ou mesmo tirar o cabelo do índio e botar na cabeça do Wilsão. Se, mesmo assim, você não achar parecido, feche os olhos como quem reza e escute o converseiro do Wilsão e compare com as ladainhas do Wellington. É a mesma hagalândia, a mesma entonação, o mesmo projeto de desenvolvimento, e os mesmos companheiros. Né não????

A bolsa que falta

Nestas eleições, eu resolvi radicalizar. Só vou votar em mulher. No dia 3 de outubro, quando só tiver eu e minha urninha, vou queimar meu voto pra presidenta na companheira Dilma. Pra governadora, aperto o 29. O número da Lurdes Melo. Pra senadora, vou votar na Marineide do PSOL e na Albetiza do PCO. Pra deputada estadual, estou em dúvidas se voto na dona Lilian ou se na dona Rejane. Numa ou noutra.

O meu voto para a Câmara Federal foi logo o primeiro que eu defini. É Iraceminha na cabeça e 1111 na urna. É Iraceminha no Congresso e o Piauí no Progresso. Beleza por beleza voto em Iracema com certeza.

Quando ela chegar lá na Câmara, como já está batido este negócio de Bolsa Família, Bolsa Gás, Bolsa Maternidade e Bolsa Escola, eu tenho certeza de que ela, chique como é, vai apresentar ligerim um projeto criando uma Bolsa que vai revolucionar o Jet Set brasileiro. É o Bolsa Prada. Ou Bolsa Louis Vuiton. Quem sabe o Bolsa Hermés. À sua escolha.

A tesoura do Lula

A minha leitora e o meu leitor não sabem. Mas, pra escrever estas mal traçadas linhas, eu passo uma semana intiriça cozinhando o juízo, caçando assunto e riscando pra cá e pra lá em busca de algo que lhe faça rir ou até mesmo refletir. Só dou o serviço por terminado nas últimas horas da quinta-feira, já que a coluna é veiculada na sexta.

Apois bem! Já na redação final da coluna, e dando uma olhada nos jornais da cidade, vi estampada a triste notícia de que o nosso companheiro Lula vai mesmo encerrar seu mandato com quase nada de contribuição para o nosso Piauí. E tirando quase tudo das emendas que destinariam obras estruturantes para o nosso estado no orçamento federal do próximo ano.

Mas entendi e aprovo a jogada no nosso presidente. Aqui no Piauí já estamos todos endeusando o governo dele. A nossa bancada no Congresso, à exceção do Mão Santa, do Heráclito e do Mainha, toda ela diz amém pro governo. Também, uma imensa maioria já manifesta intenção de voto na sua candidata. O melhor mesmo que ele tinha de fazer, e fez, foi desviar a nossa verbinha e mandar pra algum estado onde ele não seja tão amado, idolatrado e com tantas "amizades" quanto aqui no Piauí.

Além do mais, ele já percebeu que não fazemos questão de obras. Gostamos mesmo é de promessa.