
Oeiras sedia I Encontro dos Núcleos de Capoeira Raízes do Brasil
02/05/2025 - 10:10Evento reuniu grupos locais e convidados, com apoio da Prefeitura de Oeiras e instituições parceiras
O Brasil está a uma vitória de se tornar o maior vencedor de forma isolada da Liga Mundial. Neste sábado (24.07), a seleção brasileira masculina de vôlei, de virada, venceu Cuba nas semifinais e garantiu lugar na decisão da 21ª edição da competição. Depois de um primeiro set instável, os brasileiros se ajustaram e venceram por 3 sets a 1 (21/25, 25/19, 25/21 e 25/20), em 1h45 de jogo, no ginásio Orfeo Superdomo, em Córdoba.
A final será neste domingo (25.07) a partir das 21h (de Brasília). O adversário será a seleção da Rússia, que venceu a Sérvia na outra semifinal, por 3 sets a 0. O canal Sportv e a TV Bandeirantes transmitirão o duelo decisivo ao vivo. Cuba e Sérvia disputarão o terceiro lugar, às 17h30.
Dante, maior pontuador da partida: “foi nosso melhor jogo nessas finais”
O ponteiro Dante foi o destaque da vitória brasileira. O atacante marcou 16 vezes e foi o maior pontuador da partida. Foram 15 pontos no ataque e um no saque. Por Cuba, o destaque foi o oposto Hernandez, com 11 acertos.
Se o bloqueio e o saque eram as forças cubanas. Foi o Brasil quem levou vantagem nestes fundamentos. No bloqueio, o time verde-amarelo marcou sete vezes contra cinco dos rivais, enquanto no saque foram seis acertos contra cinco dos caribenhos.
“Começamos a partida de forma tensa. Tínhamos visto nos vídeos que quando a seleção cubana joga na frente é difícil segurá-la. O mais importante de hoje foi a vitória. Foi o melhor jogo do Brasil nessas finais”, avaliou o ponteiro Dante.
Para o atacante a mentalidade da equipe mudou com relação aos dois primeiros jogos.“Se tivéssemos encarado esta partida como as duas primeiras, poderíamos ter perdido por 3 sets a 0. O importante foi que nos recuperamos e mantivemos o nível durante a partida. Isso foi o mais importante”, avaliou.
E Dante será o espião do Brasil na decisão. Na última temporada, o jogador atuou no voleibol russo. Por isso, conhece bem o último adversário. “O segredo será ter paciência. Eles jogam mais ou menos como os cubanos. Se saírem na frente, é complicado pará-los. Teremos que jogar nos erros deles. Se forçarmos os erros, eles vão falhar”, contou Dante.
Em finais, Brasil leva vantagem sobre a Rússia
Esta será a 11ª vez que o Brasil disputará uma final da Liga Mundial. O time brasileiro é, junto com a Itália, o maior vencedor da competição, com oito títulos. A equipe bicampeã mundial só perdeu duas vezes uma decisão. As duas derrotas aconteceram em casa. Nunca o Brasil foi derrotado no exterior. Em 1995, no Rio de Janeiro, a seleção foi derrotada pela Itália. Em 2003, em Belo Horizonte, foi a vez de a Rússia ganhar.
Brasil e Rússia já disputaram três vezes as finais da Liga Mundial. Além de 2003, as seleções duelarão em 1993, em São Paulo, onde o Brasil conquistou pela primeira vez o título da competição. O outro confronto foi em 2007, em Katowice, Polônia, onde os brasileiros subiram pela sétima vez no pódio.
Théo: “foi o jogo mais importante da minha carreira”
Com a lesão de Leandro Vissotto, o oposto Théo saiu do banco de reservas e ajudou na vitória brasileira. “Foi o jogo mais importante da minha carreira. Infelizmente, tivemos esse problema com o Leandrão. Precisei entrar e consegui ajudar na vitória”, comemorou Théo.
Natural de Brasília, o atacante - que atua no voleibol japonês - avaliou seu desempenho. “Ainda cometi alguns erros porque me precipitei em algumas bolas. De qualquer forma, foi uma atuação satisfatória”, disse o jogador, que marcou nove pontos no confronto.
“Acho que comecei um pouco nervoso, mas conforme o jogo vai passando, vamos nos soltando e entrando no clima da partida. O Brasil é forte também por isso: tem peças de reposição com qualidadez que nenhum outro time possui”.
O JOGO
Cuba veio para o jogo utilizando a estratégia de forçar o saque. Do outro lado, o Brasil cometeu dois erros no ataque. No saque forçado de Simón sobre Dante, os cubanos abriram 7/4. O Brasil teve dificuldades para variar as jogadas no ataque. O oposto Leandro Vissotto era o mais acionado e o mais marcado. Com isso, os caribenhos chegaram ao segundo tempo técnico com uma vantagem maior: 16/11.
Bernardinho fez a inversão do esquema cinco em um. Entraram Théo e Marlon e saíram Bruno e Leandro Vissotto, respectivamente. O time melhorou e variou mais as jogadas de ataque. No entanto, Cuba continua dominando (22/18). Bernardinho ainda colocou o ponteiro Thiago Alves, que até fez um ponto de saque. Mas não foi o suficiente para impedir a vitória de Cuba por 25/21.
Bernardinho optou por manter Marlon no time titular, mas retornou com o oposto Leandro Vissotto para o segundo set. O time brasileiro evoluiu. O ponteiro Dante apareceu mais na partida. A equipe de Cuba parecia respeitar o time bicampeão mundial e começou a errar. Com isso, o Brasil liderou o placar na primeira parada técnica (8/5). No segundo tempo técnico, a vantagem foi ainda maior: 16/12. O time caribenho desperdiçou muito saques. Depois de dois erros no ataque do ponteio Léon, o Brasil marcou 23/17. No bloqueio de Lucão sobre Camejo, o Brasil chegou ao set-point (24/17). E, no ataque pelo fundo de Dante, os brasileiros selaram a vitória por 25/19, e empataram o jogo em sets.
O Brasil manteve o ritmo da segundo parcial no terceiro set. Enquanto Leandro Vissotto fazia a diferença no saque, o líbero Mário Jr. começou a se destacar na defesa. Dante era a opção de rapidez no ataque. Assim, o Brasil marcou 8/6. Quando o placar marcava 11/9, Vissotto pisou no pé do cubano Leal ao descer do bloqueio. Com isso, o oposto foi substituído por Théo.
Apesar da ausência de Visotto, o time brasileiro continuou dominando. Com defesas incríveis do líbero Mário Jr., o Brasil abriu cinco pontos (23/18). Mas Cuba encostou: 23/21. O técnico Bernardinho pediu tempo. Os brasileiros voltaram concentrados e fecharam em 25/21.
Leandro Vissotto não voltou para a partida e Théo continuou como titular no quarto set. Na primeira metade do set, o marcador ficou equilibrado. No entanto, o Brasil cometeu um número menor de erros. As equipes continuaram revezando-se na liderança no placar. Depois do contra-ataque do ponteiro Murilo, o Brasil chegou à segunda parada técnica: 16/15.
A passagem de Murilo pelo saque fez a diferença. Depois de um bloqueio e de um contra-ataque de Théo, o Brasil deslanchou e marcou 20/16. Cuba se desconcentrou e o Brasil dominou. No erro de saque do central Simón, o Brasil selou a vitória: 25/20.
Cuba – Hierrezuelo, Hernandez, Leal, Léon, Camejo e Simón. Líbero – Gutierrez. Entraram – Díaz, Leyva e Cepeda. Técnico – Orlando Samuels
BRASIL – Bruno, Leandro Vissotto, Murilo, Dante, Lucão e Rodrigão. Líbero - Mário Jr. Entraram – Marlon, Théo, Sidão e Thiago Alves. Técnico - Bernardo Rezende