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O Brasil conseguiu ficar no lado mais fácil do mata-mata da Copa do Mundo. O nervoso empate em 0 a 0 com Portugal nesta sexta-feira, em Durban, porém, mostrou o velho problema da equipe de Dunga contra retrancas. Mesmo assim, foi suficiente para assegurar a liderança do grupo G. Nas oitavas de final, na próxima segunda-feira, em Johanesburgo, pegará o segundo colocado do grupo H, ainda não definido. Mais que isso, só poderá cruzar com rivais como Argentina, Alemanha e Inglaterra numa eventual decisão. A Holanda, na teoria, é o adversário mais forte dos brasileiros em uma possível partida de quartas de final (o futuro da Espanha só será conhecido no fim do dia).
Para conseguir isso, a seleção de Dunga enfrentou dois tipos de teste nesta sexta: jogar sem Kaká (suspenso) e Robinho (poupado) e superar a tensão do duelo com os lusitanos. Foi reprovado em ambos. O Brasil entrou em campo classificado. Portugal poderia perder que só seria eliminado com uma improvável combinação de resultados. Mas enganou-se quem pensou que isso amenizaria o clima da partida. O que se viu foi o contrário em um dos duelos mais esperados da primeira fase.
O confronto foi brigado do começo ao fim. Lances duros e discussões apimentaram o jogo. E tudo em bom português. O naturalizado Pepe foi o protagonista. O primeiro confronto foi com Luís Fabiano e resultou em amarelo para o brasileiro. O segundo foi com Felipe Melo. A entrada violenta no tornozelo esquerdo do camisa 5 rendeu um cartão para Pepe e um troco do volante brasileiro, amarelado em seguida. Precavido, Dunga preferiu trocá-lo por Josué ainda no primeiro tempo.
Caneleiras à parte, Portugal optou por adotar a tática da Coreia do Norte na estreia contra o Brasil. Ficou quase todo recuado no primeiro tempo. A diferença para os asiáticos foi a qualidade técnica e o “fator Cristiano Ronaldo”. Fominha como de costume, o melhor jogador do mundo de 2008 arriscou chutes de longe, esboçou arrancadas pelas laterais e deixou a defesa sempre em alerta.
A seleção fez sua parte no primeiro tempo. Parecia até que precisava mais da vitória que os lusitanos. Com 63% de posse de bola e o dobro de finalizações, o time de Dunga partiu para cima. Nilmar mostrou gás. Mandou uma bola na trave, deu um chapéu seguido de chute para fora e acreditou em todas as bolas. Daniel Alves e Júlio Baptista, promovidos a titulares excepcionalmente nesta sexta-feira, também se desdobraram. O lateral-direito foi bem como meia. E o meia foi mal como armador.
Depois do intervalo a partida ficou mais aberta. Portugal lembrou mais o time que goleou a Coreia do Norte por 7 a 0 na rodada anterior. E o Brasil começou a tomar seguidos sustos. Na frente, Júlio Baptista ficou só na determinação. A criatividade que muitas vezes falta ao Brasil não apareceu com ele em campo. É bom Kaká voltar logo, e bem.
Embora os gols não tenham saído, os 62 mil torcedores que foram ao estádio Moses Mabhida viram uma partida movimentada e com momentos de tensão. Um bom aperitivo para o que deve acontecer nas oitavas de final. O Brasil só não poderá errar tanto no setor ofensivo. No mata-mata os gols que não aconteceram nesta sexta farão falta, mesmo no lado “fácil” da chave.