Decisão judicial não é cumprida e bebês continuam internados em Hospital de Oeiras

 ATUALIZADO ÀS 19h32
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Os bebês foram transferidos na tarde desta sexta-feira para Teresina. Ambos foram levados em uma ambulância do SAMU até Floriano e um deles por está entubado e por ter ficado internado da UTI do Hospital Deolindo seguiu de UTI Aérea de Floriano à Teresina. Os dois estão internados no Hospital Infantil Lucídio Portela.
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Mesmo com a decisão judicial que determinou a imediata transferência para um hospital de Teresina de duas crianças de 5 meses de vida que estão internadas no Hospital Regional Deolindo Couto, as crianças continuam em Oeiras e com o quadro de saúde se agravando.

Os irmãos gêmeos deram entrada na UPA no último dia 05, com um quadro de pneumonia, em seguida internados na pediatria do Hospital Deolindo Couto, sendo necessária a transferência para uma UTI Neonatal em hospital especializado em Teresina.

Mesmo regulados, os gêmeos continuaram internados em Oeiras, devido ao fato de não haver vagas em hospitais especializados na capital. Diante da gravidade do caso, e provocada pela Defensoria Pública de Oeiras, a justiça através do Dr. Marcos Antônio Moura Mendes, concedeu uma tutela de urgência determinando que o hospital faça a imediata transferência das crianças, no prazo de 24h, sob pena de multa de R$ 1.000,00 por dia contra o estado, caso a decisão seja descumprida. O juiz ainda determinou que em caso de não haver vagas em hospital público, as crianças devem ser internadas em hospital particular com as despesas custeadas pelo Governo do Estado do Piauí.

A decisão foi expedida na quarta-feira, 10, e deveria ter sido cumprida no prazo de 24h e até a manhã desta sexta-feira, 12, não havia sido cumprida e o quadro de saúde das crianças têm se agravado, sendo que um foi internado de forma improvisada na UTI do Hospital Deolindo Couto, visto que o espaço não é especializado em atendimento para recém-nascidos.

Ao Mural da Vila, o diretor do HRDC, Alípio Sady afirmou que a transferência seria feita na manhã desta sexta-feira, 12, e que o Hospital Deolindo Couto tem feito todos os esforços para efetuar a transferência das crianças, todavia, é uma ação que não depende apenas de Oeiras, visto que o processo de regulação, que controla as transferências é realizado pela Secretaria Estadual de Saúde, e que não pode simplesmente fazer a remoção sem que haja o consentimento da central e a consequente vaga na UTI Neonatal.

Kelson Alves, que é da família disse ao Mural da Vila, às 10h30, que até o presente momento a família não havia sido comunicada a que horas a transferência das crianças seria feita e que todos estão apreensivos com a situação. "Esperamos que a determinação judicial seja cumprida. É uma situação muito triste. É como se estivéssemos assistindo a morte dos gêmeos", lamentou.

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