
Oeiras lança Projeto “Mente em Foco” nesta terça-feira, 15 de julho, no Cine Teatro
14/07/2025 - 14:59A proposta é promover ações educativas, oferecer atendimento especializado e acolher as famílias, ampliando o acesso ao diagnóstico.
A população de Porto Alegre enfrenta desafios de saúde mental após as chuvas intensas que atingiram a cidade. De acordo com psiquiatras do renomado Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os efeitos psicológicos foram mais significativos entre aqueles com renda familiar inferior a R$ 1,5 mil.
O estudo em andamento investiga os impactos da ansiedade, depressão e síndrome de burnout nas várias faixas de renda. Os resultados preliminares revelam que a ansiedade é uma questão prevalente, afetando 100% dos indivíduos com renda familiar mais baixa, em comparação com 86,7% daqueles com renda superior a R$ 10 mil.
A depressão foi identificada em 71% dos indivíduos de baixa renda, em contraste com 35,9% daqueles com renda mais elevada. Já a síndrome de burnout foi mais comum em pessoas com renda menor (69%) do que naquelas com renda mais alta (47%).
Os dados foram coletados por meio de questionários online disponibilizados pela Renasam, que utilizou o WhatsApp e códigos QR para alcançar a população afetada pelas enchentes. A pesquisa, que tem duração prevista de um ano, visa fornecer subsídios para a saúde mental e para futuras políticas públicas de saúde.
De acordo com a psiquiatra Simone Hauck, coordenadora do estudo, é fundamental conscientizar a população sobre os resultados para incentivar mais participação e acompanhamento contínuo da saúde mental dos afetados. O levantamento tem o respaldo ético dos comitês do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da prefeitura local, e é conduzido de forma voluntária por profissionais da saúde.