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Estudo técnico aponta crescimento preocupante da Seca na região de Oeiras
Por: Da Redação em 22/06/2010 - 00:11
Entre janeiro e junho deste ano (2010) os índices pluviométricos registrados na região de Oeiras foram de 348,4 mm, com registros de 25 a 45 dias sem chover. Em 2009, no período de janeiro a dezembro, o número chegava aos 1.477mm de chuva.
Um parecer emitido pelo técnico do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER), Washington Luís de Araújo, aponta que devido à diminuição nos índices pluviométricos e a falta de regularidade no período chuvoso, fizeram com que a região enfrente, hoje, um quadro de seca preocupante.
Culturas como a do feijão - que necessita de 60 dias de chuvas de até 80 mm para produzir, milho e mandioca, que precisam de mais de 120 dias e 1200 mm de chuvas para plantio - ficaram profundamente comprometidas com a baixa incidência de chuvas na região de Oeiras, este ano.
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Com 20 anos de trabalho no ramo da extensão rural nesta região de Oeiras, Washington Luís descreve que para algumas culturas, durante o ciclo vegetativo que vai do plantio até a fase reprodutiva, além de ocorrências de chuvas bem distribuídas, é importante que aconteça a manutenção na umidade do solo para a sobrevivência da planta.
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Apesar do problema da seca ser perene e de boa parte do nordeste, especialmente o centro-sul piauiense, região em que está situada Oeiras, já está habituada a lidar com os prejuízos causados pelo flagelo, o técnico do EMATER esclarece que esta problemática vem se agravando ano a ano.
“Apesar de jogados à própria sorte, por falta de políticas públicas definitivas para o semiárido, a falta de crédito rural, assistência técnica, inexistência dos programas de combate à seca e o êxodo rural dos nossos produtores, podemos considerar nossos agricultores como verdadeiros herois, esquecidos no tempo e marcados pelos fenômenos naturais”, lamenta Washington Luís.
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Parte significante do percentual dos produtos da agropecuária é destinada ao sustento familiar, outra parte serve de moeda de troca para que os agricultores adquiram outros itens básicos para sua sobrevivência.
Por Jadson Osório