
Mais de 60 mil eleitores do Piauà podem ter tÃtulo cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o paÃs, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
 A defesa do ex-prefeito José de Arimateas Rabelo conseguiu a absolvição pelo júri popular na morte da ex-primeira-dama Gercineide de Sousa Monteiro, baseado na falta de materialização da participação do viúvo no crime. O julgamento foi realizado ontem(11) na 1ª Vara da Justiça de Oeiras e durou cerca de 18 horas.
José de Arimatea estava preso há 3 anos e 4 meses na penitenciária Irmão Guido aguardando o julgamento e saiu do Fórum direto para casa, já que o alvará de soltura é dado imediatamente à decisão.
De acordo com o diretor de Secretaria do Juizado Especial e do coordenador do Júri Popular, Benedito Carneiro, os jurados decidiram pela negativa de autoria porque ainda dentro do interrogatório das testemunhas de acusação e defesa, o advogado do réu, Nazareno Thé, foi mostrando as contradições encontradas, inclusive, nas provas periciais do local de crime.
"O intuito da defesa era desclassificar o roteiro dado pela acusação que estava no processo. No depoimento, a corré no crime a dona Noêmia (empregada doméstica) só respondeu a duas perguntas do Ministério Público e depois se reservou no direito de ficar calada. As duas perguntas foi sobre o horário que chegou à residência e se ela tinha falado com o prefeito assim que chegou. Ela respondeu que chegou por volta das 5h50 da manhã e que ele tinha entregue um objeto enrolado em um pano e pedido para ela esconder no teto da casa. Mas, a imagem de uma câmera de segurança de um comércio na frente da casa do ex-prefeito, mostra um carro semelhante ao do prefeito saindo antes da chegada de Noêmia, por volta das 5h25 da manhã, seria Zé Simão indo ao sÃtio, onde só retornaria à s 8h, horário que achou a esposa morta na cama", conta Benedito Carneiro que assistiu ao julgamento.
Ele acrescenta que as imagens foram arroladas no processo também pela acusação. E disse que outra contestação foi sobre o enrijecimento do corpo de Gercineide. "A perÃcia apontou que ela havia morrido por volta de 1h30 da manhã, mas a defesa contestou com outro laudo feito por um perito de fora e com o depoimento do pai da vÃtima que disse que chegou lá mais de 8 horas e ainda viu o sangue descendo do ouvido para a boca", disse.
Além do pai, o irmão da Gercineide e o filho do casal foram arrolados pela defesa e informaram sobre a relação conjugal entre Zé Simão e a vÃtima. Eles teriam relatado que havia discussões mais pela gestão na prefeitura do que pela relação Ãntima e que nunca teriam presenciado ameaças ou agressões fÃsicas.
Os interrogatórios também teriam demonstrado que não haveria a hipótese de suicÃdio, porque a arma do crime foi encontrada em cima da casa, supostamente escondida e também não havia resÃduo de pólvora nas mãos da vÃtima.
"A verdade só deve aparecer no julgamento de Noêmia, que foi desmembrado e que está suspenso porque o processo está no STJ (Supremo Tribunal de Justiça). Quando descer e ela passar pelo júri é que pode se chegar a um desfecho para esse crime", concluiu Benedito Carneiro.
O promotor de Justiça Marcondes Pereira de Oliveira informou que vai recorrer da decisão do júri.
Gercineide foi morta enquanto dormia no dia 10 de fevereiro de 2015. Na época, o então prefeito e a empregada foram presos em flagrante. Ela conseguiu habbeas corpus e ele permaneceu preso até a madrugada de hoje.