Família Soares comemora 80 anos de sua matriarca Benedita Soares

A família de Benedita da Silva Soares, conhecida carinhosamente por dona Biô, comemorou neste sábado, 26, seu aniversário de 80 anos.

A festa aconteceu na União Artística Oeirense, onde familiares e amigos se reuniram para comemorar esta importante data.

Benedita da Silva Soares, conhecida carinhosamente por dona Biô. Nasceu no dia 02 de abril de 1934. Filha de Anísia Vieira da Silva e Domingos Pereira Soares. Dona Benedita nasceu no interior de Oeiras na localidade de Malhada Comprida, hoje atual Rio Verde. Lá viveu por muitos anos. Teve 12 irmãos, Antão, Luzia, Zulmira, Maria, Martim, Raimunda, Antonio e Benjamim, todos esses em memória, Domingas, Severiana e Luis. Ainda muito cedo perdeu seu pai, passando a viver com sua mãe e irmãos.



Trabalhou na roça com sua família e ainda jovem aprendeu a costurar confeccionando roupas para sua família, seu trabalho passou a ser cada dia mais valorizado, pois sempre muito caprichosa. Ainda mocinha veio morar em Oeiras, onde continuou seu trabalho tornando-se uma fina costureira.

Nessa época, teve o apoio de uma grande amiga, com quem compartilhava as delicadas costuras, Dona Tancý Ferraz. Seguindo sua caminhada, certo dia teve a tristeza de perder sua irmã mais velha Luzia, que faleceu por complicações no parto, deixando muitos filhos. Encantada com sua sobrinha recém-nascida que havia perdido a mãe pediu a guarda da menina a seu cunhado, que logo lhe concedeu. De volta a Oeiras com a menina, a quem deu o nome de Maria Bernadete, iniciou sua vida de mãe, como a mesma diz “ minha primeira filha”.



Em passeio a Guadalupe do Piauí conheceu Angelo Ribeiro Soares, com quem se casou logo depois. Tiveram cinco filhos: Paulo Roberto, Antonio Henrique (em memória) Léa, Joel e Cléia. Feliz com a família seguiu Brasil a fora. Depois de muitos em São Paulo, sentiu saudades de sua querida cidade, Oeiras, para onde voltou e fixou morada. Chegando aqui, enfrentou dificuldades, mas contou com o apoio de sua cunhada, Teresa Ribeiro, a quem chamava de comadre, incentivada pela mesma, começou a trabalhar no mercado de verduras, tornando-se companheiras de trabalho, sempre unidas.

Em 1970 teve a bela oportunidade de conhecer a Jesus Cristo, aceitando-o como seu único e legitimo salvador, tornando-se membro da Assembleia de Deus, frequentando a igreja, conheceu a irmã Jesuína Rodrigues de Carvalho conhecida por Irmã Preta (em memória) que passou a ser sua amiga fiel, compartilhando alegrias e tristezas.



Os anos se passaram e ela continuou sua caminhada, empenhando-se sempre em dar o melhor aos seus filhos, sempre preocupada com o estudo deles. Trabalhou muitos anos no mercado de verduras de Oeiras. O tempo passou, já cansada daquele trabalho, deixou a feira, e passou a cuidar somente de sua casa. Os filhos já crescidos seguiram seus caminhos. Os filhos casaram e com isso veio a alegria de ver chegar os netos: Caio Felipe, Vitor, Amanda Cristina, Timóteo Caim, Tito Abel, Marco Aurélio, Silas Fransuáh, Anisia e João Henrique. Dona Benedita segue sua caminhada ajudando a cuidar dos netos, aos quais se dedica todos os dias, ensinando-os bons costumes, educação e a ter fé em Deus, atributos que herdou de sua mãe Anisía.

Os dias se passam com um sonho e a realidade vem à tona. A família cresce, ora se separa, ora se junta. Sempre mãe, avó, e para maior felicidade, chegam os bisnetos, Noêmia Maria.

Dona Biô tem muita história para contar, das lutas de cada dia pela sobrevivência, das alegrias e também das tristezas que a vida nós trás, mas segue sempre firme com sua confiança em Deus.

Os anos se passam, e com ele vem o cansaço, a saúde que se debilita, mas com muita alegria reúne a família, parentes e amigos para comemorar e festejar seus 80 anos, oito décadas de muitas lutas, grandes vitórias, não conheceu derrotas.

Até aqui nos ajudou o Senhor e por isso estamos alegres.

Dona Biô agradece a todos pelas felicitações, muito obrigado e deixa a todos sua mensagem: “No dia em que eu não puder ir até você, não se esqueça de vir até mim. Se um dia eu não puder lembrar seu nome, venha me lembrar quem é você. Se um dia eu não puder expressar meu orgulho e amor por você, apenas sinta que em minha viva alma nada disso se perdeu, você continua e continuará sendo parte importante da minha vida.”