
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
As famílias que perderam entes queridos em
Cocal da Estação com o rompimento de uma barragem no mês de maio levaram ontem cruzes para simbolizar a presença das vítimas durante uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado.
Durante os debates os moradores reclamaram de que quase nada foi feito mesmo com quase 90 dias da tragédia, principalmente as casas que nunca ficaram prontas o que obriga muitas das famílias a viverem sob lonas e o restante em casas de parentes e amigos ou mesmo imóveis alugados.
Nem mesmo a principal vítima do tsunami, ,a dona de casa Maria do Socorro dos Santos, 31 anos, que perdeu o marido, duas filhas, a mãe e um sobrinho, teve a sua casa ajeitada e está vivendo de favores. "Nós temos que continuar a vida e para isto necessito de minha casa para criar o filho que restou", disse ela no momento em que o secretário de Defesa Civil Fernando Monteiro discursava e dizia que as famílias não estão desamparadas e que continuam a receber donativos, roupas, comida. "De 20 em 20 dias nós mandamos até a pasta de dente e a água sanitária", disse Monteiro.
A audiência pública foi convocada através de um requerimento do deputado Marden Meneses(PSDB) que ao abrir os trabalhos disse que as famílias não podiam ficar desamparadas e que o Governo deve indenizar toda as vítimas.
A audiência, no Plenarinho da AL, levou não só as famílias atingidas em Cocal, município que fica a cerca de 290 quilômetros ao Norte de Teresina, mas também autoridades, vários outros deputados.
Uma das principais reclamações das famílias atingidas pelas águas da barragem é com relação às casas.
Elas argumentam que os imóveis são muito pequenos, "caixa de fósforo", como definiu a dona de casa Maria do Socorro.
A maioria das famílias tinha grandes casas, inclusive com grandes terraços e enormes quintais onde elas criavam animais.
O secretário se defendeu dizendo que as casas só não estão maiores porque o Governo resolveu atender o pedido dos próprios moradores e fazer os alpendres.
Diário do Povo