Geraldo oitentão
(*) Ferrer Freitas
Lembro muito bem do pai do caríssimo Geraldo, seu Chiquinho Barros, tocando (se não estiver enganado, bombardino. Ou seria tuba?) na banda Santa Cecília, numa época em que havia outra, a "Jazz" Arrebenta Rochedo. A primeira era formada por músicos de famílias que acompanhavam (leia-se eleitores) seu Orlando. Já o "Jazz" por partidários de seu Rochinha.
Acirramento, ao contrário do que ocorre já há alguns anos, só no período da campanha eleitoral. Passadas as eleições, tudo voltava à normalidade, com as pessoas cuidando de suas vidas.
Geraldo, que chega a "oito ponto zero", merecedor da louvação de todos, não se fez músico, como outro filho de seu Chiquinho, o saudoso Zezito (este tocava saxofone, com certeza!), mas seguiu a carreira do pai no ofício de mestre-de-obra, requestado por muitos pelo tino e perfeição. Homem afável, temente a Deus (admirável seu trabalho nas igrejas de Oeiras ministrando a Eucaristia) e manso de coração.
Seu maior feito, no entanto, é o IBENS, acolitado pelos filhos, à frente a caríssima Socorro. Por nímia gentileza da direção, estive, não faz muito tempo, visitando o Colégio, oportunidade em que fui solicitado para conversar com os alunos sobre o inesquecível escritor oeirense Expedito Rêgo, que foi companheiro de caçadas de Geraldo. Para mim foi um momento ímpar, conhecer a obra e falar sobre o professor do GMO, escritor de quem editei os últimos livros, para os que não sabem, e amigo de muitos papos (sentia a maior alegria de arrancar alguns sorrisos dele, coisa que poucos conseguiam!).
Mas, o que quero mesmo é mandar, através deste prestigioso Portal, meu abraço (de conterrâneo e amigo) pra Geraldo Barros, além de votos de muita saúde.
(*) Ferrer Freitas é do Instituto Histórico de Oeiras