
Oeiras sedia I Encontro dos Núcleos de Capoeira RaÃzes do Brasil
02/05/2025 - 10:10Evento reuniu grupos locais e convidados, com apoio da Prefeitura de Oeiras e instituições parceiras
O Internacional pressionou, tentou e contou com sua dupla de ataque para vencer o Banfield, da Argentina, por dois a zero revertendo a desvantagem do confronto pelas oitavas de final da Copa Libertadores. As dificuldades impostas pela equipe de Julio Falcioni não seguraram o Ãmpeto vermelho. Alecsandro, no fim do primeiro tempo, e Walter, no começo do segundo, asseguraram a vaga do clube gaúcho nas quartas de final, onde o adversário será o Estudiantes, de La Plata.
Com gols de Walter (e) e Alecsandro, o Inter venceu por 2 a 0, reverteu a vantagem do Banfield e avançou às quartas de final da Copa Libertadores
INTER REENCONTRA ANTIGO RIVAL
As duas equipes se encontram três anos depois de decidirem a Copa Sul-Americana. O primeiro jogo acontece em Porto Alegre, no meio da próxima semana. De quebra, a classificação segura o técnico Jorge Fossati no cargo. O uruguaio corria risco de ser demitido em caso de insucesso pela instabilidade da equipe na temporada.
O jogo nervoso
Duas verdades precisam ser ditas sobre o começo de jogo no Beira-Rio: só um time quis jogar, mas não teve todo o futebol necessário para superar uma verdadeira barreira humana montada pelo Banfield. Disposto, o meio-campo do Inter – com Andrezinho e D’Alessandro, se mexia, no entanto precisava chegar pelos lados. Obrigando o time de Jorge Fossati a cruzar na área, os argentinos foram suportando a pressão.
A torcida foi chegando no decorrer do primeiro tempo e não via grandes desempenhos na frente. Ora, ficou mais quieta. Os lampejos de Walter e Alecsandro animaram a massa por pequenos instantes. Na equipe de Julio Falcioni, que começou com o três a um a favor, a orientação era ficar atrás da linha da bola, com duas linhas de quatro bem próximas. Um adversário bem compacto e pronto para pegar o contra-ataque.
Foi em um chute de fora da área, aos 12 minutos, que D’Alessandro deu o cartão de visitas do Inter. Entretanto, pouco se viu depois da conclusão forte que explodiu no travessão de Lucchetti. O Banfield chegou duas vezes perto de Abbondanzieri. A primeira delas foi perigosa, com Fernández batendo colocado, mas com insucesso.
Restrito as tentativas pelo lado, o clube gaúcho dependia de Nei para chegar perto da área resguardada por zagueiros argentinos. Fabiano Eller, improvisado na lateral-esquerda, não quis por em risco o setor defensivo e quase não passou do meio do gramado. Sandro e Guiñazu não avançavam muito, comprometendo possÃveis tabelas e jogadas rápidas de triangulação.
Meio tempo, meio caminho andado
Em meio a pressão vermelha, o Banfield escapou aos 32 minutos e teve um pênalti claro não marcado. Quando Fernández tentou cruzar da direita, Alecsandro abriu o braço mudando a trajetória da bola. Sorte do Inter que o árbitro Wilmar Roldán não viu o fato que poderia complicar ainda mais a vida dos gaúchos.
Quase no fim do primeiro tempo, aos 41 minutos, quando os colorados se preparavam para ficar angustiados no intervalo, D’Alessandro achou uma brecha e lançou Andrezinho na direita. O meio-campo saiu na cara do goleiro e tocou para o lado. Ali entrava Alecsandro, que sem marcação, precisou apenas tocar para o fundo do gol argentino. "Estamos mantendo a calma, tocando a bola, mas eles estão bem atrás", analisou o atacante na saÃda de campo.
Inter avassalador
Consistente no meio-campo, o Inter voltou para a etapa final sabendo que ainda precisava de mais um gol. Por isso, o time foi para frente. Com dez minutos tinha criado chances vivas de gol por ambos os lados e deixava o Banfield minuto a minuto mais acuado.
Básico no começo, Eller foi fundamental para o gol de Walter, aos 11 minutos. Foi dos pés do zagueiro deslocado para o lado esquerdo que veio um cruzamento preciso. O centroavante cabeceou na primeira trave vencendo o goleiro argentino e levantando o Beira-Rio. Muito cedo a equipe gaúcha havia revertido o placar de três a um conquistado em Buenos Aires, na última quarta, em solo estrangeiro.
O tempo que sobrou em Porto Alegre foi para uma tentativa desvairada do Banfield de marcar o seu gol, que devolveria a vantagem perdida. O pequeno Erviti era o jogador mais perigoso, procurando tabelas e bolas paradas contra Pato, que pouco trabalhou na primeira parte da partida.
Mas no momento certo, a experiência retida em Abbondanzieri, Sorondo, Guiñazu e D’Alessandro apareceu e ajudou o time vermelho a segurar o placar. Agora, o adversário é o Estudiantes, o mesmo da final da Copa Sul-Americana em 2008, com o primeiro jogo a ser disputado em Porto Alegre, no meio da semana que vem.