
Morre em Oeiras o senhor Domingos Francisco de Sousa, aos 84 anos
04/05/2025 - 09:46Homem de fé e trabalho, construiu uma famÃlia numerosa e deixou um legado de simplicidade e dedicação
Março deveria ser o segundo mês de aulas nas escolas públicas do paÃs, com alunos, professores, inspetores e auxiliares em plena atividade. No entanto, em oito estados brasileiros, no lugar de turmas estudando para as primeiras provas, os repórtes do jornal O Globo encontraram salas de aula vazias por falta de professores ou problemas de infraestrutura nas escolas. Como mostra a reportagem publicada neste domingo, nos estados do Rio, São Paulo, Bahia, Pernambuco, PiauÃ, Ceará, Alagoas e Amazonas, há alunos sem aula por causa de goteiras, inundações, ratos, cupim, carteiras quebradas e paredes destruÃdas.
Um exemplo é o distrito de Jussaral, a 60 quilômetros do municÃpio de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, que tem apenas uma escola municipal para a população de seis mil pessoas. Mas não há alunos em sala de aula. Revoltados com as péssimas condições de ensino, os pais decidiram boicotar a escola. O cenário que encontraram no inÃcio do ano foi o seguinte: as salas estão deterioradas, telhados ruÃram, e os cupins avançam pela estrutura. Esses são apenas alguns dos problemas.
Dados do Censo da Educação Básica 2007 confirmam que a precariedade está espalhada pelo Brasil. Das 166.240 escolas públicas de educação básica, 71% não têm biblioteca; 77% estão sem quadra de esportes; 13% não contam com água filtrada para os alunos; e 8% sequer têm esgoto.
No Rio, a infraestrutura precária se repete, com o agravante da falta de professores. O Ciep municipalizado 045, em Porto do Rosa, na cidade de São Gonçalo, tem 500 alunos da 1ª à 4ª série do ensino fundamental. Suja, a piscina tem apenas lodo. Não há porteiro para controlar a entrada, e as cercas estão quebradas. Como falta água frequentemente, alunos reclamam de sede durante as aulas e dos banheiros insalubres. O transporte para os estudantes ainda é um sonho distante dos moradores.
Na Bahia, as aulas recomeçaram no dia 2 de março, mas ainda é tempo de férias forçadas para boa parte dos estudantes. Os maiores problemas são falta de salas de aula - muitos prédios foram reformados, mas a obra não foi concluÃda - ou de carteiras.
PiauÃ
Em Teresina, 450 alunos da Escola Municipal Cacimba Velha, na zona rural, ainda não tiveram aulas porque o colégio está em reforma desde junho do ano passado. O ano letivo começou no dia 3 de fevereiro. Sem aulas, crianças e adolescentes passam o turno escolar em frente ao colégio, numa estrada movimentada, brincando ou, no caso dos mais velhos, fumando.
Devido à reforma, as aulas do segundo semestre de 2008 foram transferidas para salas improvisadas num galpão da Fundação F.C. Lopes, onde funcionava uma antiga fábrica de móveis, na comunidade rural Taboquinha. Não deu certo. Como o galpão é aberto, sem paredes, a água da chuva alagava as salas.