
Mais de 60 mil eleitores do Piauà podem ter tÃtulo cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o paÃs, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
 O escritos oeirense Jota Jota Sousa lançou o seu mais novo livro, denominado POLICHIADOS, que reúne várias crônicas que narram passagens e personagens oeirenses.
Polichiados é uma coleção de escritos publicados nos livros DO OUTRO LADO DA HISTÓRIA, MEU PEDAÇO DE CHÃO e TEXTOS INÉDITOS, Como PAREDES DA SOLIDÃO E ONZE DE OUTUBRO, premiados com o primeiro lugar em certame literário promovido pelas Edições AG – São Paulo e fazem parte da antologia HORIZONTE NOTURNO publicada pela referida editora.
Em 2007 quando da publicação do segundo livro do autor, MEU PEDAÇO DE CHÃO E MINHAS ANDANÇAS, o também escritor oeirense Ferrer Freitas, cuja missão de prefaciar o referido livro foi a ele confiada, este colocou no texto toda sua emoção (Leia a baixo). Agora, acertadamente, Jota Jota Sousa ilustra a orelha do livro atual com fragmentos do texto de Ferrer. Livro este, que vem despertando a atenção do leitor pela habilidade do mesmo em abrigar, -como ele mesmo diz- pessoas e coisa que acontecem e aconteceram e que poucos se deram conta.
O livro POLICHIADOS encontra-se à venda no Museu de Arte Sacra de Oeiras.
Confira abaixo, fragmentos do prefácio "JOTA JOTA É DEMAIS!" de autoria do escritor Ferrer Freitas no ano de 2007
"Falo para os meus botões, embora eles nada respondam: como escreve esse cara! Que percepção incrÃvel de coisas que acontecem, e poucos se dão conta, mesmo vivenciando-as como ele. Chico, o Buarque, disse:  "Saiba que os poetas, como os cegos, podem ver na escuridão". Os textos com tipos oeirenses, então, são primorosos. Falar de Indé, Maria de Cota, Raimundinho de Zefinha, Coló, Zé Pangula e outros, tanto dá pra rir quanto pra chorar. Na pequena crônica intitulada Cota de Amor ele diz tudo da caridosÃssima Maria de Cota, uma espécie de Madre Teresa de Calcutá de Oeiras. Um moleque, com sua "tchiurma", ao passar em frente à residência da pequena Maria, depara-se com um caixão, na sala, tendo dentro um defunto, ou defunta, sem uma única pessoa velando, o que o faz gritar, com espanto: -Acho que Maria de Cota morreu!- AÃ, para alÃvio de todos, aparece Maria, um terço entre os dedos, e lhes explica tratar-se de um pobre homem de um interior vizinho que estava internado no hospital e morreu. "Como ele não tem ninguém por aqui, eu trouxe para velar em minha casa". - Meu Deus!, só Maria de Cota mesmo para um gesto desses, digo eu.
Já a crônica A Grande Parada tem como personagem Coló, que passeia sua loucura pelas ruas de Oeiras e, quando provocada, solta o verbo recheado de palavrões. Só que no livro aparece uma Coló mansa, que dança entre seus cachorros ao ser acordada, por uma música antiga, de soneca no adro da Conceição. E o autor consegue ver que os vira-latas da doida parecem querer dançar com ela. É demais! Muita imaginação, um certo lirismo, sem descambar para o pieguismo, e a capacidade perceptiva inimaginável, se não for exagero de minha parte. De qualquer modo, os leitores desta obra irão conferir tudo. É só deixar de lado, rápido, estas minhas pobres palavras e mergulhar na leitura".
Ferrer Freitas