Colisão frontal entre carro e moto mata motociclista na BR 230 em Oeiras
07/09/2024 - 09:09Motociclista de 37 anos morreu após colisão com um carro que tentava ultrapassar uma carreta, na altura entrada do IFPI.
Na sessão realizada na Câmara Municipal de Oeiras, nesta segunda-feira, 25, teve a participação de um grupo de mães atípicas, representantes de uma luta diária por inclusão e empatia em nossa sociedade.
Brenda Siqueira, representando as mães atípicas, iniciou sua mensagem, destacando a importância do Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro. Esta data faz parte das comemorações do Setembro Verde, um mês dedicado à conscientização e combate à discriminação e exclusão de pessoas com deficiência.
As mães atípicas presentes na sessão compartilharam suas experiências, destacando que, para elas, o dia 21 de setembro não é apenas uma data no calendário, mas uma realidade que enfrentam todos os dias do ano. Seus sonhos se voltam para o dia em que se sentirão seguras para inserir seus filhos na sociedade sem barreiras. Elas almejam que todos os meses do ano, não apenas setembro, sejam dedicados à inclusão com empatia, visando eliminar rótulos e estereótipos que frequentemente recaem sobre pessoas com deficiência.
Para dar voz a seus sentimentos e reivindicações, as mães atípicas entregaram uma "Carta Aberta à Sociedade Oeirense", um documento que expressa de forma eloquente os desafios que enfrentam diariamente e o apelo por uma sociedade mais inclusiva e compassiva.
A sessão solene foi um momento de reflexão e sensibilização, lembrando a todos nós da importância de promover a igualdade, a diversidade e a empatia em nossa comunidade. As mães atípicas nos lembram que a inclusão é uma jornada contínua, que deve ser compartilhada por todos nós, independentemente de nossas diferenças.
Confira a Carta Aberta à Sociedade Oeirense:
"Ao preconceito de todo dia, não nos daí hoje,e perdoai as nossas diferenças."
O objetivo desta carta não é falar da pessoa que vos escreve. Não se trata somente de falar sobre minha dor, nem tampouco apenas fazer um relato da minha vivência.
Não se trata de lançar ao espaço uma voz solitária, mas, sim, lançar uma voz pretende representar algo maior que meus interesses pessoais, porque somos muitas vozes juntas em uníssona à minha: somos mães, pais, famílias inteiras, com dores, cicatrizes, medos e vivências DIFERENTES para compartilhar.
Mudamos todos os dias o percurso de nossos caminhos, tentando proteger nossos filhos da IGNORÂNCIA DA SOCIEDADE. Diante disso, levantamos a bandeira da Empatia e da inclusão, pois até o presente momento, de inclusiva e empática em nossa cidade não tem nada.
Que nossas crianças, sejam elas portadoras de autismo, TDAH, paralisia cerebral, cardiopatia, síndrome de down e tantas outras condições neurodivergentes, tenham oportunidade de serem quem são, de serem DIFERENTES. Que a inserção delas na sociedade deixe de ser apenas um discurso vazio nas redes sociais e comece a entrar finalmente em prática, pois a atual realidade é que eles são diariamente subestimados, deixados de lado, silenciados, em seus direitos básicos!
Direitos mínimos como o acolhimento, a saúde, a educação e respeito às diferenças, pois a quantidade de olhos e bocas que os julgam são maiores do que gostaríamos de ter que lidar!
A DESINFORMAÇÃO PODE CAUSAR DANOS IRREPARÁVEIS!
A falta de empatia tem feito cada dia mais vítimas, mães dependentes de antidepressivos, ansiolíticos tranquilizantes, exames alterados e a solidão de uma vida sem apoio.
Ainda é um desafio combater a falta de informação a respeito das diferenças entre as pessoas, e só através do conhecimento conseguiremos vencer a ignorância da sociedade no que diz respeito à conquista da IGUALDADE, DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO.
Uma realidade que passa longe do nosso tão amado Vale do Canindé.
Esse preconceito tem nome: CAPACITISMO
Disfarçado de preocupação, ele se manifesta no ato de quem considera que é mais fácil dizer que eles não conseguem, que eles não precisam, do que parar para entendê-los e ser capaz de melhor atender as necessidades deles. Não podemos fazer vista grossa, fingindo não ver o elevadíssimo número de laudados, e em investigação, de portadores do espectro autista, portadores de deficiência física, intelectuais, múltiplas, neurodivergentes em geral. Todos eles têm algo em comum! Querem saber o que, senhoras e senhores? Eles têm suas necessidades minimizadas todos os dias pela ignorância.
Visto que tudo em que você foca cresce, é importante direcionarmos nossa atenção a ampliar e espalhar informação sobre diversidade e inclusão, que sejam trabalhadas na sociedade , nas escolas,nos locais de trabalho, nos grupos de apoio, que sejam criadas políticas de valorização e acolhimento de famílias e vulneráveis, integrando equipes preparadas priorizando o respeito e acima de tudo promovendo a equidade.
Vencer a descriminação na sociedade é um trabalho de formiguinha e todas as pessoas são responsáveis por fazer sua parte.
E ANTES QUE ACUSEM NOSSA AÇÃO DE "VITIMISMO" OU "BADERNA", QUEREMOS DEIXAR BEM CLARO QUE essa nunca foi nossa intenção. Temos nosso lugar de fala, e por hora não podemos mudar o mundo, mas podemos começar a mudar a nós mesmos!!! Somos um grupo de pessoas que levantam, antes de tudo, a bandeira do amor, mesmo quando nos colocam tantos obstáculos a serem superados, e lhes afirmo com toda certeza que tenho no coração: NÃO EXISTE COMBUSTÍVEL MAIOR QUE O AMOR PARA NOS DAR FORÇA NESSA LUTA!
Afinal, segundo Paulo Freire: "A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças, não com as igualdades."
Obrigada e mais uma vez, boa noite a todos.
Atenciosamente ; Grupo de pais ATÍPICOS