
Stella, a primeira mulher trans da Polícia Militar de Pernambuco: “Vivo quem eu sou”
31/08/2025 - 10:26“Eu sou muito privilegiada, em relação à grande maioria das pessoas trans, por essa aceitação familiar. Eu tenho consciência disso”
Márcio Nakashima, irmão da advogada Mércia Nakashima, disse nesta sexta-feira que toda a família está unida por Justiça. Após 18 dias de incertezas e fé, às 9h45 na represa de Nazaré Paulista, na região metropolitana de São Paulo, a família Nakashima teve respondida de forma trágica a pergunta sobre onde estava Mércia.
Seguindo as pistas dadas por um pescador, a família, com a ajuda de homens do Corpo de Bombeiros de Atibaia, localizou nesta sexta-feira o corpo da advogada que estava desaparecida desde o último dia 23. Um dia antes, o carro da jovem, que tinha 28 anos, foi içado de uma profundidade de seis metros na mesma represa. Era um sinal de que a história contada por um pescador da região não era invenção. "Ele disse que viu quando o carro começou a afundar na represa com os faróis acesos", afirmou Márcio, acrescentando que o pescador "ouviu dois gritos apavorantes".
A família agora quer saber quem cometeu o crime, tratado a partir de agora como homicídio pela equipe da delegada Elisabete Sato, titular da Divisão de Homicídios, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em São Paulo. E quais teriam sido as motivações.
Para a polícia, até agora a certeza é de que mais de uma pessoa está envolvida na morte de Mércia. O diretor do DHPP, Marco Antônio Desgualdo, que tem quase 40 anos na Polícia, é categórico ao dizer que quem cometeu o crime precisou de ajuda. "A região é de difícil acesso. Quem veio aqui conhecia o local".