Miséria e pobreza no Piaui atingem menor nível da história, diz IBGE

A extrema pobreza e a pobreza no Piauí caíram ao menor nível da série histórica iniciada em 2012, conforme dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (04/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez, a miséria ficou abaixo de 10%, caindo para 8,1%, o que representa quase 267.6 mil pessoas. Todos os números tem como base o ano passado. 

O parâmetro internacional para medir a pobreza, definido pelo Banco Mundial, é de uma renda de até US$ 6,85 por pessoa, por dia, o que significa cerca de R$ 665 por mês. Já extrema pobreza é de uma renda de até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 209 mês. É importante observar que os valores referentes à linha de pobreza não podem ser convertidos usando a taxa de câmbio do mercado, mas referem-se ao fator de Paridade do Poder de Compra do dólar americano.

De acordo com os dados do IBGE, em 2023, a pobreza apresentou uma redução no Piauí de quase três pontos percentuais de um ano para outro, atingindo 45,3% da população. Em 2022, ela tinha ficado em 48,2%. Quando se compara com o primeiro ano da série histórica, a queda foi de 10%. Em 2012 a taxa de pobreza no Estado era de 55,4% Em 2023, o Piauí registrou os menores índices de pobrezas e extrema pobreza da série histórica. 

Foto: Reprodução

Com a redução da pobreza no Piauí no período de 2012 a 2023, o estado registrou uma melhoria na classificação perante os demais estados da federação, tendo passado da 5ª posição entre os maiores indicadores em 2012, para a 9ª posição em 2023. A maior proporção de pobreza na população foi a registrada para o Acre, com 51,5%, seguido do Maranhão, com 51,2%, e do Ceará, com 48,7%. A menor foi Santa Catarina, com 11,5%.

Com a redução na proporção de extrema pobreza no período de 2012 a 2023, o Piauí apresentou uma melhora na classificação em relação aos demais estados, tendo passado da 4ª posição entre os maiores indicadores em 2012, para a 8ª posição em 2023. Na série histórica, a extrema pobreza também apresentou uma redução para o país, tendo passado de 6,6% em 2012, para 4,4% em 2023.

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As unidades da federação com os maiores indicadores de extrema pobreza em 2023 foram o Acre (13,2%), o Maranhão (12,2%), e o Ceará (9,4%). Os menores indicadores de extrema pobreza no país foram os do Rio Grande do Sul (1,3%), Goiás (1,3%) e de Santa Catarina (1,4%). egundo o IBGE, a expansão dos programas sociais, destaque para o Bolsa Família, ajudou a reduzir a miséria no Brasil, bem como no Piauí. 

Na hipótese de não existirem os programas sociais implementados pelo governo federal, a proporção de pessoas na extrema pobreza em 2023 teria subido de 4,4% para 11,2%. Já a proporção da população na pobreza teria subido de 27,4% para 32,4%. Ainda assim, há 9,5 milhões de brasileiros vivendo em condições extremamente precárias, com renda abaixo de R$ 209 por mês ou US$ 2,15 por pessoa por dia, linha internacional usada para medir a pobreza extrema pelo Banco Mundial.