
Mais de 60 mil eleitores do Piauí podem ter título cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o país, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil Norberto Campelo, eleito para compor o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), esteve em Oeiras na última semana em audiência pública para ouvir as dificuldades da advocacia em relação ao judiciário. O objetivo é apresentar reclames e buscar soluções para os problemas enfrentados pelos advogados piauienses, de Norte a Sul do Estado, assim que assumir a vaga no CNJ.
O encontro aconteceu na Subseção da OAB de Oeiras e contou com a presença do presidente da OAB-PI, Willian Guimarães, da presidente da Subseção, Leidiane Ferraz, e do Conselheiro Seccional José Carneiro.
“Agora teremos uma voz do outro lado da bancada, será a nossa voz. Temos, a exemplo do presidente da OAB Nacional, Marcos Vinicius Furtado Coelho, a noção do que significa ter um piauiense em cargo nacional. São impressionantes os avanços, a exemplo dos espaços físicos inaugurados e, agora, a inauguração do Centro Cultural da OAB”, destacou o conselheiro José Carneiro.
“A OAB sempre que leva reclames ao judiciário, apresenta também as sugestões. Vamos lutar para ver se mudamos estas estatísticas”, destacou a presidente da Subseção de Oeiras, ao lembrar a posição ocupada pelo Tribunal de Justiça do Piauí no ranking do CNJ, indicado como o pior do país em relação à produtividade.
Advogados militantes em Oeiras, Simplício Mendes, Floresta do Piauí e Santa Cruz do Piauí compareceram a audiência. Entre as sugestões apontadas pela classe para melhoramento do judiciário, está a definição de um cronograma para realização audiências as segundas e sextas-feiras, assim teriam a garantia da presença do magistrado no município por toda a semana.
Em sua fala, Norberto Campelo destacou o papel do CNJ e a importância da interiorização da OAB, que através das audiências participa da realidade dos advogados de diversos municípios. “É longe da capital que as dificuldades são bem maiores, isso se dá também pelo número crescente de advogados no mercado”. Sobre os anseios para o CNJ, Campelo disse: “Muita coisa já foi conquistada, chegamos ao nosso melhor momento, pois todas as queixas que podíamos fazer ao CNJ foram feitas, algumas com bons resultados, mas agora teremos uma voz dentro do Conselho. O Piauí precisava dessa oportunidade”.
Ao relacionar o Conselho com o Poder Judiciário, disse que o CNJ foi responsável por muitas mudanças positivas. “Hoje temos um órgão que planeja, acompanha o cumprimento do orçamento, a produtividade dos juízes, as decisões”.
Diante da participação dos advogados, o presidente Willian Guimarães afirmou que pretende visitar todas as subseções para o diálogo. “Saímos com ótimas sugestões das audiências já promovidas. Faremos outras para que surjam novas ideias e Norberto possa ser o porta-voz dos profissionais do Estado, atuando em prol de uma melhor prestação jurisdicional para o Piauí junto ao CNJ”, assegurou Guimarães.