
Quando a máquina apita: IA e os novos rumos da arbitragem esportiva
17/06/2025 - 13:21Por Aline Gonçalves Jatahy
Leidiane Ferraz*
Recentemente no site do “TERRA PIAUÍ”, publicou-se matéria com dados que me tiraram atenção dos meus trabalhos técnicos jurídicos, e me assentei a concluir tal artigo que seria da realidade dos eleitores nordestinos, sendo que assim foram feitas várias alterações tudo em face de uma realidade mais próxima, da minha querida cidade e região. No site então noticiou matéria com título “Eleitorado de Oeiras tem aumento de 3,8% para as eleições de 2010”.
De acordo com tais dados da matéria fornecidos pelo cartório eleitoral de Oeiras, sinalizo como é preocupante o nível de escolaridade dos eleitores da nossa primeira capital e região. Coloco aqui que sabido é o baixo nível de escolaridade da grande maioria da população de eleitores de nossa região, mas fiquei perturbada em não conceber que era tão “berrante” e “impactante”.
Assim ignorante a tais dados precisos do eleitorado de nossa região em especial para o “nível de escolaridade” coloco que conheço várias pessoas analfabetas que possuem senso crítico da realidade. Pondero, no entanto, que essa influência é relativa, pois creio que uma escolaridade melhor pode influenciar na politização da sociedade.
Compartilho então com o mesmo posicionamento que defende o cientista político Jorge Almeida dividindo o eleitorado em dois tipos: “aqueles que votam baseados em valores dos seus candidatos, como critérios morais e religiosos, e outros que decidem de forma mais pragmática, votando com o pensamento nas vantagens imediatas que podem ser obtidas. Mas, Almeida ressalva, o primeiro grupo também não está imune a votar de modo imediatista, só que há nele a maior possibilidade de pensar em resultados a médio e longo prazo.” Avalia ainda o cientista que o segundo grupo: “estaria ainda mais vulnerável à influência de políticas assistencialistas e compra de votos”. Segundo ele, há a tendência de que as pessoas com baixa escolaridade façam parte deste grupo. “Mas, na verdade, não quer dizer que os eleitores com alta escolaridade votem melhor”, diz o cientista.
Avalio que por mais que os candidatos utilizem de diversas ferramentas para a difusão de suas propostas e ideias, o eleitorado ainda continua bastante restrito na captação de informações. Ressalto mais uma vez que o baixo nível de escolaridade faz com que a mensagem muitas vezes não seja absorvida como o esperado. Isso faz com que o eleitorado se torne mais conservador, assimilando discursos superficiais, o próprio eleitor acaba então condicionando seu nível de participação.
Existindo essa simplificação os candidatos se adaptam de forma a atender ao perfil do eleitorado, menos preocupado com propostas de grande impacto, mas que atendam a necessidades pontuais. O que verificamos é que o discurso não tem mais critério, há um investimento massivo especialmente em propagandas nas grandes mídias passando mensagens de fácil absorção e pouca profundidade. Tornando o eleitor frágil diante dos candidatos.
Caros eleitores da quinta zona eleitoral do Piauí e caros eleitores do Brasil acompanho infelizmente e nitidamente um processo de despolitização da sociedade. As escolas principalmente não incentivam a participação e o debate de temas de interesse coletivo, há um verdadeiro bloqueio. Atitudes como essas têm gerado amarras e criado uma geração de jovens alienados. Mesmo os que em algum momento se interessam, acabam se isolando da política, horrorizados com os casos de corrupção denunciados constantemente pela imprensa. Acaba-se votando por outros motivos, inclusive pela obrigatoriedade do voto no Brasil. Oeiras, amada, idolatrada, Salve! Salve!