
Quando a máquina apita: IA e os novos rumos da arbitragem esportiva
17/06/2025 - 13:21Por Aline Gonçalves Jatahy
Por João Carvalho
Estudando a Pedagogia do Oprimido do oprimido Paulo Freire, vi no livro uma multidão de conterrâneos oeirenses.
A Pedagogia do Oprimido é um método abrangente pelo qual a palavra ajuda o homem a tornar-se homem, assim a linguagem passa a ser cultura. Paulo Freire aplica no campo da Pedagogia as palavras Conscientização – conscientizar, numa teoria humanista a favor da libertação do oprimido. A libertação é vista como um parto doloroso. “O homem que nasce desse parto é um homem novo que só é viável na e pela superação da contradição opressores - oprimidos que é a libertação de todos”.
Na contramão dessa pedagogia, está a política do pão e circo, uma politica assistencialista como instrumento de dominação. O eleitor se sente em débito por ter recebido pequenos favores, que lhe foram concedidos, em geral, com dinheiro público.
O que o politico quer em troca é o voto, e um voto errado sacrifica não só quem votou, mas também quem não votou, porque o administrador é da cidade inteira. Há homens livres e homens não livres. O homem livre é o que é dono da sua consciência, e não se vende.
O eleitor que se deixa comprar é cumplice de um sistema politico caduco que está agonizando, e não é uma postura decente. Uma vez escutei uma história de um respeitado professor que fez uma tentativa de entrar na política partidária. Ao final de uma palestra educativa, um eleitor se aproximou dele e pediu o agrado. Ele respondeu na bucha: ”Agrado a gente dá para menino ou rapariga”. E saiu furioso. Depois disto, nunca mais se candidatou a nada.
Nos últimos anos, os ventos não sopraram favoráveis à política tradicional, e Oeiras não ficou de fora. Agora, está diante da possibilidade de caminhar por uma terceira via. Ninguém é tão forte assim, que consiga viver a vida inteira somente à base de feijão e com arroz.
O sistema politico precisa mudar, e esta mudança só será possível quando a mentalidade do eleitor mudar também. Só assim, mais homens ousarão ser candidatos, e a democracia vingará.
*João Carvalho é médico neurologista