
Oportunidade perdida

Por Carlos Rubem
Talvez, em 2006, o então prefeito de Oeiras, Tiel Reis, após tratativas com a Fecomércio - leia-se, Valdeci Cavalcanti - apresentou Projeto de Lei à Câmara Municipal dispondo sobre a doação do Parque de Lazer "Paulinho Meneses" àquela instituição do terceiro setor.
Como tal matéria necessitava da aprovação em quórum qualificado, ou seja, 2/3 dos membros do legislativo mirim, os senhores vereadores da oposição rechaçaram a aprovação da aludida iniciativa, de real interesse público.
Em 2009, estando B. Sá à testa do Poder Executivo, tendo havido mudança nos ventos políticos no mundo paroquiano, o assunto voltou à baila, oportunidade em que tal doação foi materializada à unanimidade.
Hoje temos em pleno funcionamento o Hotel do SESC com seu o seu correspondente Parque Aquático, inaugurado no dia 30.01.2015, o que nos enche de sadio orgulho.
Em 2013, o Governador Wilson Martins sancionou Lei Estadual doando um terreno de 3.200m2, que compreende significativa parte do extinto Centro Desportivo "Dr. Laurentino Pereira Neto", ao SENAC -Serviço de Nacional de Aprendizagem Comercial, cuja área serviria para ser edificado e implementado uma Unidade de Ensino Profissionalizante. Isto, no prazo de 03 anos, sob pena de reversão do imóvel ao Patrimônio do Estado.
Este cometimento foi decantado em verso e prosa pelos mandarins locais motivando exploração eleitoral, inclusive.
Transcorrido aquele lapso temporal, a construção idealizada não saiu do papel, e não há notícia acerca das razões dessa lamentável inércia.
Pelo visto, até agora não há ninguém de representatividade que possa reerguer esta bandeira. Minto: exceto o atual Presidente da ASCOM/CDL, o Publicitário Último Campos, que já sondou a possibilidade de retomar esta demanda, obtendo como resposta a proverbial alegativa de falta de recursos.
Ora, é patente a falta de interesse de se recomeçar a dar os primeiros passos visando meritória obra. Todo mundo calado. A letargia domina as nossas lideranças...
Enquanto isto, a Fecomércio expande, de maneira vigorosa, as suas ações Piauí afora.
Não precisamos de Salvadores da Pátria, mas a falta de cuidado de nossa parte no enfrentamento deste e outros relevantes temas que dizem respeito ao nosso desenvolvimento está a olhos vistos.
E ninguém quer enxergar!