Paróquia Nossa Senhora da Vitória abre inscrições para o 'Divino'

Durante toda esta semana, a paróquia Nossa Senhora da Vitória realiza inscrições de famílias interessadas em hospedar a imagem do Divino Espírito Santo neste ano de 2010. As inscrições estão sendo feitas na secretaria da paróquia e devem durar até a manhã do próximo domingo, 16, quando acontece a Missa de Coroação do Divino.

No mesmo dia à noite, deve ser anunciado o novo imperador do Divino, através do sorteio dos nomes concorrentes. Só será aceita uma inscrição por família. A família contemplada com a visita do Divino, por um ano, recebe a imagem durante uma missa celebrada no domingo de Pentecostes.

O ‘Divino’ de Oeiras



A Tradicional Festa do Divino Espírito Santo de Oeiras, também conhecida como festa de Pentecostes, acontece todos os anos, 50 dias após a Páscoa. A imagem do Divino em forma de pomba dourada de madeira do século XIX, vai em procissão até a igreja ,acompanhada por fiéis da casa onde esteve durante o ano.

Terminada a missa solene do domingo de Pentecostes, a imagem volta pra casa do imperador (organizador da festa), onde permanece até a noite, quando é levada mais uma vez à igreja e depois de celebrada a missa, a imagem é entregue a nova família. Em procissão, o Divino é levado à nova casa e lá permanece até o ano seguinte. Faz parte das tradições oeirenses, que a família contemplada com a visita do Divino, mate um boi e distribua sua carne às famílias necessitadas.



Para o historiador Júnior Vianna, a festa é mais uma demonstração do catolicismo lusitano que se instalou em terras piauienses durante o período da colonização. “A celebração em honra ao divino atravessa gerações e singulariza a cultura desse povo. Tem pessoas que criticam a festividade por causa dos gastos que as famílias fazem, mas a bem da verdade é algo que vem de longe desde Portugal.  As pessoas se sentem honradas mesmo que simbolicamente, em receber em sua morada a imagem da terceira pessoa da Santíssima Trindade. Oeiras é isso ai, fé, tradição e cultura, onde o povo trata de demonstra isso nas ruas”, explica o historiador.



Edição: Jadson Osório