
Grupo Arte Sertão apresenta “A Paixão de Cristo” nesta quarta-feira, 16, em Oeiras
15/04/2025 - 17:22Espetáculo será encenado também em Várzea Grande e Colônia do Piauí nos dias seguintes
Desordem urbana ameaça o patrimônio histórico de São Luis. Casarões, que já foram símbolo de nobreza hoje, estão abandonados. A ocupação irregular é um retrato da decadência.
Em um deles, quase em ruínas, moram dez famílias. “A dificuldade da Defesa Civil é para onde realocar este pessoal, porque é uma questão cultural. Muitos não querem sair, porque não têm pra onde ir", declara o superintendente Defesa Civil Hebert Rodrigues. A Defesa Civil mapeou os pontos mais preocupantes. São 550 famílias, em 93 áreas de risco.
Pelo levantamento feito pela Defesa Civil, um prédio, bem no centro histórico de São Luís, é o que está em pior estado de conservação. Logo na entrada do imóvel, pode-se entender por que. A madeira foi toda comida pelos cupins e está apodrecendo. As paredes racharam. Por causa da umidade, uma árvore gigante cresceu no local. Com a força das chuvas, o telhado não suportou e desabou.
"Nós temos 33 imóveis, segundo a Defesa Civil, com risco iminente de desabamento. Ou seja, 33 imóveis protegidos, que são patrimônio mundial, estão com risco de desaparecer e de desabar, causando danos não só ao nosso patrimônio, mas também às vidas humanas", explica a superintendente do IPHAN Kátia Bogéa.
O período das chuvas representa mais uma ameaça. A água que entra pelos telhados infiltra nas paredes e provoca desabamentos. A fiscalização também é precária para manter o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, conquistado por São Luis em 1997.
As calçadas viraram depósito de lixo. Nem a presença da câmera inibe o funcionário de uma construtora que jogar entulho na frente dos imóveis, tombados pela Unesco. Descaso até mesmo de proprietários que decidiram derrubar as paredes dos casarões para transformar os imóveis em estacionamento rotativos. Parte da história do Brasil está sumindo aos poucos.
Portal O Dia