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Piauí implanta segunda fase do programa de triagem neonatal
Por: Giselle Silva em 21/03/2009 - 23:53
Com foco na prevenção, o estado do Piauí completa a preparação dos profissionais de saúde para implantação da segunda fase do programa de triagem neonatal (teste do pezinho). Nessa etapa são detectadas a anemia falsiforme e as hemoglobinopatias. Desde 2005 quando o programa de triagem neonatal foi implantado no estado, já vinha sendo feito o rastreamento da fenilcetonuria e hipotireoidismo. Hoje o Piauí tem uma cobertura de 75% das crianças nascidas vivas no estado.
De acordo com a secretaria para inclusão da pessoa com deficiência, Rejane Dias, em 2008 foram detectados, no estado, através do programa de triagem neonatal 14 casos de fenilcetonuria e 2 de hipotireoidismo através do programa de triagem neonatal (teste do pezinho). “Agora evoluímos para segunda fase do programa e essa é uma reivindicação dos movimentos negros porque a anemia falsiforme é um tipo de patologia que acomete muito a pessoa negra”, explica a secretaria.
A Secretaria de Saúde, através da coordenação de atenção à pessoa com deficiência, realizou 11 capacitações para profissionais de saúde de varias regiões do estado (médicos, enfermeiras, técnicos de saúde) em 11 micro regiões do estado (Barras, Teresina, Parnaíba, Luís Correia, Bom Jesus, Picos, OEIRAS, Floriano, São Raimundo Nonato e Corrente). “Estamos equipando o estado para prevenção de novas deficiências e diminuindo as consequencias de problemas desencadeados por patologias genéticas como anemia falsiforme. São extremamente importante essas capacitações para esses profissionais que atuam com a pessoa com deficiência”, explica Rejane Dias.
Hoje o sangue para o teste do pezinho é colhido em um dos 236 postos espalhados pelo estado, encaminhado ao Lacen (Centro de Referência em Diagnóstico) que recebe as amostras e faz o rastreamento para doenças. Os casos de fenilcetonuria e hipotireioidismo detectados são encaminhados para tratamento no hospital infantil Lucidio Portela que é o centro de Referência para Triagem Neonatal no estado.
Agora na segunda fase o Hemopi também vai entrar no processo, fazendo o diagnóstico das hemoglobinopatias, o acompanhamento laboratorial e hemoterapico de todos os pacientes com triagem positiva para a anemia falsifome e demais hemoglobinopatias.
Fonte: Ccom