
Justiça mantém prisão de Ana Azevedo por envolvimento com facção em Teresina
02/05/2025 - 18:17Após o fim do prazo da prisão temporária, Ana Azevedo vai ficar submetida a restrições judiciais
Teresina - Um Policial Militar pode ser o autor do disparo que matou o estudante universitário Ruan Pedreira, de 21 anos. Segundo testemunhas, o policial teria feito pelo menos seis disparos e um deles atingiu a cabeça de Ruan. A Polícia Militar até agora não divulgou nenhuma informação sobre o caso.
No aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, desde de ontem circula a foto do suposto policial que teria efetuado os disparos. O delegado responsável pela investigação não confirma. A polícia vai agora comparar o projétil encontrado no bar com os da arma do policial para saber se os disparos partiram dela.
Uma testemunha, cuja identidade está sendo mantida em sigilo, afirmou ontem ao repórter Vinicius Vainner, da TV Cidade Verde, que o atirador se recusou a passar pela revista do bar e, logo em seguida, teria tentado agredir um dos seguranças. Segundo a testemunha, o homem, estava visivelmente embriagado.
O suposto policial estava acompanhado pela namorada, que também resistiu na hora de ser revistada, mas que acabou cedendo. O PM teria tentado entrar com uma garrafa de uísque, mas a segurança o alertou que não poderia entrar com uma garrafa de vidro.
Com a negativa, ele teria começado a atirar em direção aos frequentadores, foi quando começou a correria e Ruan Pedreira foi atingido na cabeça. A suposta namorada ainda chegou a querer impedir que o homem puxasse a arma. A polícia busca também imagens que possam comprovar a identidade do atirador.
O velório de Ruan, realizado na noite de ontem na Grande Loja da Maçonaria, no Centro de Teresina, foi marcado pela dor e inconformidade. Assim que o corpo chegou para ser velado, seus companheiros da Ordem DeMolay fizeram um minuto de silêncio em sua memória. Em uma cerimônia reservada, os companheiros presentes deram procedimento ao protocolo da ordem no caso de morte de um dos integrantes.
O fígado de Ruan foi encaminhado para um paciente em Pernambuco, já as córneas e os rins devem ser transplantados para pacientes em Teresina. Jaqueline Nobre, familiar de Ruan, apear de ressaltar o gesto generoso, reclamou da burocracia no processo de doação. "Em um momento tão doloroso, passar por um processo tão demorado é muito sofrido".
A mãe de Ruan pediu para que a reitoria da Universidade Federal do Piauí, onde ele estudava Engenharia Mecânica, o declarasse formado e que colocasse o anel de formatura do filho no caixão em respeito ao último desejo do estudante.