Mãe denuncia que filha teria sido abusada por coronel da Polícia Militar do Piauí:
31/10/2024 - 09:53Mulher alertou para a possibilidade de mais vítimas e pediu Justiça pelo caso
O prefeito de Paulistana, Joaquim Júlio Coelho (PSD), popularmente conhecido como Joaquim da Farmácia, está no centro de uma controvérsia após tomar decisões polêmicas na reta final de sua gestão. No último dia 11 de outubro, apenas cinco dias após ser derrotado nas eleições, Joaquim assinou um decreto que demitiu servidores contratados e ocupantes de cargos comissionados, alegando a crise econômica que afeta o país e, especialmente, municípios de menor porte como Paulistana.
A demissão em massa causou revolta entre os servidores que faziam parte da gestão, e muitos temem que a medida prejudique a prestação de serviços públicos essenciais, como saúde e coleta de lixo. Apesar das justificativas de crise econômica, no mesmo dia em que anunciou as exonerações, o prefeito fechou um contrato de R$ 1.856.527,71 com a empresa Distribuidora Nogueira de Medicamentos Ltda (DISNOMED), sediada em Picos. O contrato, assinado por meio de um Pregão Eletrônico, visa a compra de medicamentos controlados, injetáveis, materiais hospitalares e equipamentos de proteção individual (EPIs) para o município e tem validade até o final do ano.
A população e setores políticos da cidade questionam as decisões do prefeito. Para muitos, as demissões e o contrato milionário são contraditórios, já que o prefeito justificou as exonerações com base na falta de recursos. “É um absurdo demitir servidores que garantem o funcionamento dos serviços públicos e, ao mesmo tempo, firmar um contrato desse valor”, afirmou um morador, que preferiu não se identificar.
A situação gerou preocupação no prefeito eleito, Osvaldo da Abelha Branca (MDB), que busca evitar a desestruturação da máquina pública antes de sua posse. No último dia 16, acompanhado de seu assessor jurídico, Dr. Igor Martins, Osvaldo esteve em reunião com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, Kennedy Barros. O objetivo foi solicitar o acompanhamento do órgão em relação aos atos da atual gestão, especialmente no que diz respeito à utilização dos recursos públicos.
“Nossa maior preocupação é a continuidade dos serviços essenciais à população. A gestão atual tem comprometido áreas fundamentais, como a saúde, a coleta de lixo e até o transporte de pacientes para tratamento em Teresina. Viemos pedir o apoio do Tribunal de Contas para monitorar e fiscalizar as decisões tomadas neste período final de gestão”, declarou o prefeito eleito.
A equipe de transição de Osvaldo da Abelha Branca também tem monitorado de perto os desdobramentos das decisões de Joaquim da Farmácia, com destaque para o impacto nas unidades básicas de saúde, que têm sofrido com a falta de profissionais, e no hospital municipal, que enfrenta dificuldades no atendimento por conta da redução de pessoal. Outro problema citado foi a suspensão do transporte de pacientes para Teresina, além da falta de hospedagem para aqueles que necessitam de tratamento fora do município.
Enquanto isso, Joaquim da Farmácia segue justificando suas ações com base na crise econômica, mas a população e os servidores afetados aguardam respostas sobre o futuro dos serviços públicos no município.