
Imposto de Renda 2025: Receita Federal divulga regras nesta semana; veja como declarar
10/03/2025 - 16:56O prazo para envio da declaração do Imposto de Renda deve ser de 17 de março até o dia 30 de maio, período semelhante ao do ano passado.
Não tem como fugir. Está em jogo de rúgbi, está em exibições da taça da Copa do Mundo, está em boates, está no treino da Coreia do Norte, está em toques de celular. É o som brasileiro mais famoso na África do Sul. Nada de Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Ivete Sangalo ou Zeca Pagodinho. É funk. É o "Rap das Armas". A música da dupla Cidinho e Doca, que fez sucesso no Rio de Janeiro nos anos 90 e que integra a trilha do filme Tropa de Elite, divide com a seleção de Dunga a responsabilidade de representar o Brasil na terra do Mundial. E é difícil saber como a moda do “parapapapapa” (refrão da música, que reproduz uma rajada de balas) começou no país. Há várias versões, vários “donos”. De qualquer forma, é motivo de orgulho para os funkeiros da Cidade de Deus.
- É muita felicidade para mim e para o Cidinho. O funk vem da classe pobre, carente, que apanhou muito durante os anos e hoje está conquistando o mundo. É um orgulho muito grande. Nunca imaginamos que a música chegaria tão longe. Para mim, vale mais o que minha música conquistou do que o dinheiro. Não enriqueci, mas o mundo que tenho com o funk vai ficar para o resto da minha vida – disse Doca, que até hoje mora na comunidade carioca, assim como o parceiro.
Como o "Rap das Armas" foi estourar na África do Sul? Um ponto em que todos envolvidos concordam é que a música partiu foi projetada a partir do filme "Tropa de Elite" para as pistas de dança da Europa, passando também a ser cantada nas arquibancadas de França e Suécia. O português Antônio Rocha ouviu o funk no filme e contratou Cidinho e Doca para shows no Velho Continente. Ele garante também que é o responsável por divulgar a música na África.
- Quem enviou a música para o mundo todo foi minha produtora. Fizemos essa divulgação. Vi o filme e adorei o "Rap das Armas". Depois fui ao Brasil e foi difícil encontrar a dupla, mas consegui. Conheci a realidade deles na Cidade de Deus, ficamos amigos e os levei para shows na Europa. Só em Portugal, em dois anos, foram mais de 100 apresentações – contou Antônio.